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sábado, 27 de agosto de 2011

LIÇÕES. Todo mundo gostaria de ser...




Tão harmonioso quanto Bach
Tão bondoso quanto Chico
Tão inteligente quanto Einstein
Tão perfeito quanto Jesus
Tão pacífico quanto Gandhi
Tão justo quanto Salomão
Tão santo quanto Francisco
Tão caridoso quanto Tereza de Calcutá
Tão belo como David de Michelângelo
Tão habilidoso quanto Dumont
Tão eficiente quanto Sabin
Tão paciente quanto Jó
Tão engraçado quanto Chaplin
Tão inspirado quanto Wagner
Tão poeta quanto Neruda
Tão sentimental quanto Romeu
Tão amorosa quanto Julieta
Tão forte quanto Sansão
Mas tão simples quanto Tolstoi
Tão musical quanto Jobim
Tão bom quanto Drummond
Tão virtuose quanto Mozart
Tão desbravador quanto Rondon
Tão famoso quanto Lennon
Tão bonito quanto Pitt
Tão sincero quanto Galileu
Tão grande quanto Alexandre
Tão sólido quanto Zé Alencar
Tão fiel quanto Abrão
Tão sábio quanto Hawkins
Tão ativa quanto Madame Curie
Tão gente como qualquer um.

Não é preciso tanto esforço,
Basta Ser, antes de querer Ter.

domingo, 26 de junho de 2011

ARTIGO. Crítica ao roubo de fósseis do CE


Fóssil na cueca, lembra o quê? O tráfego de dólares por auxiliares de políticos cearenses e que, até hoje, não foi bem explicado. Pois o comentarista de Ciência, da Folha de SP, Reinaldo José Lopes, assina hoje artigo onde lamenta o roubo de fósseis da chapada do Araripe e que são comercializados nos EUA a preços vultuosos.

TRECHOS

"O leitor talvez se pergunte por qual razão deveria se preocupar com bicho morto há milhões de anos só porque o dito cujo, por acaso, esticou as canelas em território nacional.

Bem, em primeiro lugar, porque o (pouco) dinheiro que chega às mãos de paleontólogos e biólogos evolutivos tupiniquins vem do bolso desse mesmo leitor, e esse pessoal fica obrigado a consultar seu objeto de estudo no exterior, quando poderia fazê-lo na sala ao lado na faculdade.

Mas os verdadeiros prejudicados são dois grupos bem mais desassistidos. A molecada que perde a chance de ver, num museu brasileiro com acervo decente, a história da evolução se desenrolando diante de seus olhos; e os pobres "peixeiros" do Araripe (assim chamados devido à abundância de peixes fossilizados por lá), vendendo sua riqueza a preço de banana para atravessadores criminosos.

Em vez de ser a meca dos apaixonados pela vida extinta e ganhar dinheiro honesto com isso, o Araripe continua o lar de sertanejos pobres. É outro microcosmo da natureza essencialmente autopredatória do jeitinho brasileiro de explorar a própria riqueza".

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ARTIGO. Contrabando de estagiários


Um texto de André Gomes, do blog Hora da Pizza (Portal da Propaganda) disseca com irreverência e humor a questão dos estudantes de Propaganda e Publicidade que adentram as agências na pele de estagiários. Acompanhe um trecho:
"A polícia apreendeu hoje mais um caminhão carregado de contrabando. Entre a carga, os agentes encontraram perfumes importados, animais ameaçados de extinção e cinqüenta estagiários de propaganda.Vamos ao vivo até o galpão da polícia onde a nossa repórter Eudes Graça tem mais informações sobre o caso:

- Boa noite, William! Todo o carregamento seria comercializado em moeda estrangeira. Os perfumes foram avaliados em cem mil dólares. Os animais, em seiscentos mil euros. Já os estagiários custariam a seus supostos receptadores – agências de publicidade em cinco capitais – a quantia individual de vinte guaranis, moeda corrente do Paraguai.

A movimentação aqui no barracão da polícia para onde foi trazida a muamba é muito grande. Equipes de jornalismo, entidades de proteção ambiental e muitos, muitos curiosos lotam o local. Mas vamos tentar conversar agora com um dos agentes que participaram da operação.

– Cabo Coió! Cabo Coió! Como a polícia avalia este caso tão desumano?
– Positivo...
– A polícia avalia o caso como positivo?
– Negativo!
– É positivo ou negativo?
– Veja bem. É um caso desumano. Nunca vi uma coisa tão cruel. Os animais estavam exaustos e muitos vidros de perfume foram destruídos.
– Mas e os estagiários?
– Positivo. Foram eles que estressaram os bichos e quebraram os perfumes durante uma briga.
– Obrigada, cabo!"
Texto completo AQUI.

terça-feira, 14 de junho de 2011

JORNAL. Adísia Sá elogia o jardim japonês


Crítica da prefeita de Fortaleza, na maior parte das vezes, a jornalista e professra Adísia Sá amanhece com seu artigo de hoje elogiando uma obra realizada pela Prefeitura. O Jardim japonês. Adísia relembra a história de Juzaku Fujita, emigrante japonês que por aqui chegava e iniciava a grande experiência de trabalho, hoje seguida pela família.



Clique no texto para ampliá-lo.

domingo, 3 de abril de 2011

LIVROS. Lama sobre Marilyn e JFK


Quando se ler "Marilyn e JFK", tem-se a impressão de que tudo durante o governo do presidente Kennedy foi uma grande trapaça. Ele, nada tinha da figura do bom moço que a publicidade deixava crer. Suas relações com a Máfia eram as mais indiscretas. A sua compulsão por sexo, doentia. E, nesse grande bordel em que se insere a sua vida, surge Marilyn. O autor parece remexer num enorme lamaçal.

O livro de François Forestier [ leia entrevista com o autor ] é um soco no estômago de quem tanto prezou a imagem da grande estrela de Hollywood. Fica a impressão [ única ] de ser ela uma prostituta a serviço único do prazer para chegar à fama.


Agora mesmo estou assistindo no TelecineCult "No Mundo da Fantasia", onde ela faz um papel de cantora e, evidentemente, o diretor tira partido de sua sensual beleza, de seu ar de loura burra e da sua atuação nem sempre convincente. Mas eu juro, jamais imaginava que ela fosse tão devoradora de homens, como o livro leva a crer.


Aliás, tanto Marilyn, quanto John Kennedy, Robert Kennedy, Sinatra, Peter Lawford, Jackie Kennedy, Joe Kennedy, Dean Martin, Sammy Davis Jr e todo o clã - pelo que o livro revela -, não eram boas biscas não. Circulavam em meio a corrupção, bandidagem, assassinatos - tudo sob o olhar atento de Edgar Hoover, o homem forte do FBI que fazia jogo duplo.

Evidentemente, essa biografia deve exagerar em busca de uma provável adaptação para o cinema. Bem escrita, ágil no relato, com informações incríveis de bastidores e da intimidade dos personagens. Mas, depois de lê-lo, fica a nítida impressão de que todos fomos enganados: nem Kennedy era santo, nem Marilyn, normal.

Por sinal, ela chegou a ser internada e colocada em camisa de força num hospital psiquiátrico depois de filmar "Os Desajustados", onde teria levado Clark Gable à morte.

Para se ler um trecho do livro, clique AQUI.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MURAL. Uma igreja entre o que fui e o que sou


A igreja da foto é a mesma onde aprendi a ter fé. Fica em Acopiara, onde nasci. Dela tenho lembranças admiráveis. Do catecismo aos domingos nos batentes da lateral. Uma imagem em tamanho natural do Cristo na cruz, fazia eu menino meditar sobre aquele sacrifício. A igreja me traz outras recordações.

A torre e a escada serpenteada que levava para o coro, onde um órgão antigo sonorizava os cânticos das filhas de Maria - Margarida do Pedro Damião, madrinha Cecília, Otília -; vozes que entoavam o 'Tantum Ergum sacramento, venerendo..." e enchiam o ar de nostálgicas lembranças do que fui.

Tenho quase certeza de que em vida anterior, tive ligações muito fortes com a Igreja Católica. Desde pequeno sonho com ambientes clericais: mosteiros, religiosos, imagens... E uma igreja que eu nunca visitei mas sei onde se situa me é tão familiar que, nos desprendimentos noturnos, eu já a visito com naturalidade.

Em Acopiara, as festas de janeiro dedicadas a São Sebastião me trazem lembranças de procissões; filhas de maria todas de branco, os vicentinos - meu avô Paulo, à frente conduzindo o estandarte dos irmãos do Santíssimo. E o cheiro de velas preenchendo o ar, enquanto no altar-mor, padres João Antonio e Crizares (ainda vivo), celebravam em latim os ritos da paixão.

A matriz de Nossa Senhoa do Perpétuo Socorro tinha uma painel pintado por filhos da cidade - de belíssimo encanto! - e que, segundo soube, teria sido coberto com uma mão de tinta, porque um religioso que passou por lá achou inconvenientes imagens de anjinhos com os pintos de fora.

Há dois anos, passei por lá - no domingo de ramos - e vi crianças e jovens encenando essa festa em meio á celebração dominical. No meio daquela meninada toda, eu vi um garoto de calças curtas, óculos e olhar enlevado pelo mistério da fé que, ainda hoje, me acompanha em minha nova denominação reliigiosa.

domingo, 9 de janeiro de 2011

LEITURAS. Um tiro no coronelismo eletrônico

Alberto Dines

Cinco dias depois de empossada e devidamente enfaixada, a presidente Dilma Roussef através do ministro das Comunicações solta um balão de ensaio que tem o potencial de um tsunami político associado a uma revolução midiática com profundas implicações nos modos, costumes e decoro parlamentar.

Em entrevista à "Folha de S. Paulo" publicada nesta sexta, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com o seu estilo sóbrio e preciso defendeu de forma inequívoca o fim das concessões de rádio e TV a parlamentares.

Só isso? Pois "isso" é simplesmente extraordinário. "Isso" equivale o fim do coronelismo eletrônico. "Isso" é, há décadas, o sonho da esquerda, dos liberais, dos secularistas, dos cientistas políticos, educadores, líderes comunitários, ONGs e dos congressistas decentes, comprometidos com o interesse público e que não compactuam com ilicitudes. "Isso" é uma colossal aberração que legaliza o conflito de interesses e permite que congressistas controlem as concessões de radiodifusão e, ao mesmo tempo, sejam seus beneficiários.

Leia o ARTIGO COMPLETO.

ARTIGO. Um tiro no coronelismo eletrônico

Alberto Dines

Cinco dias depois de empossada e devidamente enfaixada, a presidente Dilma Roussef através do ministro das Comunicações solta um balão de ensaio que tem o potencial de um tsunami político associado a uma revolução midiática com profundas implicações nos modos, costumes e decoro parlamentar.

Em entrevista à "Folha de S. Paulo" publicada nesta sexta, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com o seu estilo sóbrio e preciso defendeu de forma inequívoca o fim das concessões de rádio e TV a parlamentares.

Só isso? Pois "isso" é simplesmente extraordinário. "Isso" equivale o fim do coronelismo eletrônico. "Isso" é, há décadas, o sonho da esquerda, dos liberais, dos secularistas, dos cientistas políticos, educadores, líderes comunitários, ONGs e dos congressistas decentes, comprometidos com o interesse público e que não compactuam com ilicitudes. "Isso" é uma colossal aberração que legaliza o conflito de interesses e permite que congressistas controlem as concessões de radiodifusão e, ao mesmo tempo, sejam seus beneficiários.

Leia o ARTIGO COMPLETO.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Para se ter ano novo é preciso merecê-lo

O vídeo é de autoria de Graeme Taylor; o texto é nosso



Já notaram como a estação do tempo assemelha-se muito a um desses locais de embarque de passageiros? Uma gare de trem ou um terminal de linhas aéreas. Neles, vidas se entrecruzam. Gente que chega e gente que sai. Cada uma leva emoções que se diferenciam. Os que se despedem carregam emoções marcadas por uma saudade secreta; os que chegam trazem consigo a esperança de renovadas venturas. Pois a mudança final do calendário humano é, mais ou menos, assim.

O ano que nos deixa, leva os momentos bons que vivenciamos, marcados pela alegria e bem estar. Na outra ponta, histórias de dor e sofrimento que mais desejaríamos esquecer. Alegrias recolhidas como frutos saborosos de outras safras. Perdas que nos levaram a provar o amargo sabor de novas experiências.

Em tudo e por tudo, há lucros. Os que avançaram o passo, foram mais adiante. Os que melhoraram de vida e não se perderam na ganância. Os que consumiram mas não se deixaram ser consumidos pelo Ter. Os que amaram sem esperar nada em troca. Esses listam ganhos; contabilizam vitórias. Os que sofreram alguma perda de ente querido ou qualquer outro travo de desgosto, certamente reclamarão na retrospectiva do tempo, embora reconheçam que, até nas perdas, é possível sim, avançar mais do que nos instantes de vitória.

O novo ano que desembarca nessa estação do Tempo, embora não tenha ainda mostrado sua verdadeira cara, há de vir revestido de Luz e de Esperança, para que possamos realizar todos os nossos intentos.

Que venha 2011! Aureolado pela Luz de nossos pensamentos mais positivos. Que assuma o posto de comando do nosso tempo e nos permita o fazer todo ideal de Amor e Fraternidade.

Estamos prontos. Á espera desse passageiro do tempo que traz encomenda de amor e confiança para dividir com todos. Que seja de bom augúrio. Para ele, é que acorremos de braços abertos, crentes de que venha renovar a nossa Fé e a nossa Boa Vontade. Que possa acrisolar o nosso desiderato maior, que é o de servir a todos, contribuindo para que o Planeta dê um salto de qualidade em favor do Bem.

Que chegue pleno de Paz. Que justo na medida exata da Justiça e refaça em nós todas as promessas de novas realizações. Porém é bom lembrar que só depende de nós para termos um ano NOVO, novo meeesmo. Que, cada um possa realmente contribuir com a parcela de trabalho que nos compete. Afinal, quando for a hora de sagrar-se à lembrança do tempo, como fazemos agora com 2010, que sejam nossos pensamentos de viva gratidão por tudo que ele nos der. Desde que façamos por onde merecê-lo.

domingo, 19 de dezembro de 2010

ARTIGO DA FOLHA. São todos "Tiriricas"

Artigo do Clóvis Rossi sobre os nossos políticos

O levantamento dessa excelente repórter que é Érica Fraga destroça o único suposto argumento para justificar o obsceno aumento para congressistas aprovado nesta semana. Ganhavam pouco, diziam.

Talvez até ganhassem, mas o aumento aprovado é tão desproporcional que passaram a ganhar mais do que congressistas de todos os países relevantes. Quinze por cento mais, por exemplo, do que nos Estados Unidos, que têm uma economia 12 vezes maior.

O "argumento" de que ganham pouco vem acompanhado de um raciocínio estapafúrdio, o de que, ganhando bem, não precisariam roubar. Se fosse verdade, o escroque-financista norte-americano Bernard Madoff não estaria preso.

A obscenidade fica ainda mais revoltante porque revela características indeléveis do ser brasileiro. Não por acaso, é no Brasil que se dá a maior diferença entre o salário do congressista e a renda média da população (20 vezes praticamente, contra 4,4 vezes na Argentina, para ficar apenas na vizinhança).

Ou seja, suas excelências fazem questão de reproduzir entre eles e os que deveriam representar a mesma distância que existe no conjunto do país, obscenamente desigual, por mais que o lulo-petismo se esforce para vender uma lenda, a da queda da desigualdade.

A velocidade supersônica com que aprovaram o autoaumento de cerca de R$ 10 mil contrasta brutalmente com as letárgicas discussões em torno de um reajuste de R$ 10 (e não de R$ 10 mil) para o salário mínimo.

Ainda bem que o Tiririca foi eleito. Ele não tem pudor em festejar a feliz coincidência entre sua primeira visita à Câmara dos Deputados e a aprovação do aumento. Pior: nem para dizer que nós é que somos os palhaços. Ninguém que aprovou o aumento usurpou o cargo. Foram todos eleitos pelos "tiriricas" cá de baixo. Bem feito.


Texto publicado hoje na Folha.

sábado, 11 de dezembro de 2010

RÁDIO. Repórter descobre túnel na BR-116


O repórter Lucas Leite tem um faro incrível para notícias. É coisa de profissional. Foi ele quem suscitou no rádio pela primeira vez a questão do campo do América e que a mídia impressa assumiu a paternidade. Hoje ele descobriu um túnel construído na base da improvisação por  moradores da Aerolândia e Tancredo Neves e que serve de passarela para a travessia da BR-116. Nesse trecho tem ocorrido muitos atropelamentos.

O repórter da Povo-CBN fez o trajeto por onde centenas de pessoas passam para evitar acidente. O túnel funciona no local onde existia um antigo fotossensor gigante, ao lado do supermercado Makro, à altura do quilômetro 8 da rodovia Santos Dumont.

A passarela, como eles chamam, tem a dimensão de mais ou menos um metro e meio altura por dois de largura e se estende de um lado ao outro da avenida. Por ele, também passam ciclistas e motoqueiros. O número maior é de pedestres. "À falta de uma passarela para nossa travessia, esse é o local que temos", disse uma entrevistada.

Mas se por um lado, a construção traz esse benefício, por outro expõe um outro drama de quem precisa transitar por ali. Livres dos carros na BR, os moradores sofrem com a ação dos assaltantes que 'infernizam' a passarela e, constantemente, têm que conviver com aquele velho chavão do 'se correr o bicho pega, se ficar o bicho come'.

domingo, 1 de agosto de 2010

Leia. Fernanda Torres e o Quixote de Ferrari


Vale a pena ler o artigo da atriz Fernanda Torres, intitulado "Dom Quixote de Ferrari", onde avalia a histórica luta de Cristovam Buarque, o criador do Bolsa-Escola, que inspirou o Bolsa-Família de Lula.
"O senador Cristovam Buarque declarou à Receita que seu mais precioso bem é uma biblioteca no valor de R$ 400 mil. Fernando Collor de Mello possui o carro mais caro de todo o Congresso: uma Ferrari que custa cerca de R$ 700 mil.
Não condeno o dispendioso gosto automobilístico do ex-presidente. Afinal, Collor teve recursos para adquirir o bólido. O que me comove é o tesouro de Cristovam Buarque."

domingo, 4 de julho de 2010

Jornal. A ombundsman e o erro da Folha


Estava todo mundo aí no aguardo do comentário de hoje da ombundsman da Folha, sobre o erro cometido pelo jornal ao publicar anúncio do Extra dando adeus antecipado à seleção e que acabou bombando no Twitter.

Em 'A Folha errou; alegria no Twitter', Suzana Singer conta que o jornal experimentou a força do boca a boca na era digital e revelou nova atitude.

"A Folha também reagiu no Twitter. Respondeu aos que comentavam o incidente, deixando evidente uma nova postura do jornal -foi criado há apenas três meses o cargo de editor de mídias sociais, para, entre outras coisas, acompanhar o que se diz sobre a Folha nas redes".

Leitura: AQUI.

Jornal. Em busca do porquê da eliminação


"Os Ronaldos de 2010". Uma pequena aula de jornalismo ministrada num artigo da Folha pelo excelente Clóvis Rossi, aborda a questão das fontes informativas no fazer jornalístico a ponto de se compreender certas circunstâncias que mudam a vida de um time. Rossi faz uma comparação entre o Brasil de Ronaldo fenômeno que amarelou na França e a seleção de Dunga que repetiu o fato na África.

Em parte, o velho Rossi vai ao âmago da questão e deixa para a Psicanálise a explicação do todo.

domingo, 18 de abril de 2010

Futebol. A outra religião do povo brasileiro



Hoje é mais um dia em que as tardes do Brasil serão incensadas pelo futebol. Ele é a reza de todo brasileiro que, religiosamente, se dirige a esses cultos dominicais. As igrejas são os estádios, onde predominam os altares e os nichos com seus anjos e santos povoando o imaginário de milhares de fiéis, crentes de que o paraíso será excelsado por essa espécie de hóstia sagrada, que é a bola.

Hoje tem decisão. Por aqui, Ceará e Guarany se enfrentam. Oportunidade para que torcidas se festejem com seus times e suas vitórias. Ou se lamentem com as derrotas. No rádio, as vozes dos narradores esportivos devem estar à serviço de uma legião de ouvintes interessada em informação e, jamais, vinculadas a qualquer outro compromisso.

Pelo que se depreende, o rádio esportivo cearense [ com raríssimas exceções ] tem se
pautado em muitas ocasiões, por um certo partidarismo, melhor dizer paixão clubística de seus integrantes, a ponto dessa percepção saltar aos ouvidos do torcedor menos fanático.

Todos nós aprendemos que, em termos de informação, todo profissional deve eximir-se de adjetivações ou demonstrar qualquer tendência que possa influenciar na leitura de sua mensagem.

Compete ao leitor - no caso aqui, o ouvinte -, ter a sua correta avaliação e percepção democrática de que, assim como em assuntos de política e religião, também no futebol, o pensamento do emissor não deve jamais estar compromissado com qualquer tendência exclusivista. Afinal de contas, o pluralismo, além de louvável e conveniente, é perfeitamente ético e politicamente correto.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Violência. Lira Neto abre nossos olhos e mentes


Chego em casa, abro o e-mail e me deparo com a dica da Socorro Acioli para que eu leia a crônica de Lira Neto, sobre a morte da empresária. Ao telefone, um colega de trabalho diz que é mais um bom texto do nosso Lira. O link do 'Liberdade Digital', diz que o Emílio Moreno compilou todo o conteúdo. Fui ler. E adorei. proveito para dividi-lo com os leitores do GENTE DE MÍDIA, parabenizando o meu antigo editor do Vida&Arte.
A bala que matou Marcela

Eu não conhecia a empresária Marcela Montenegro. Mas sei muito bem quem é o autor do disparo que a atingiu: a nossa indiferença cotidiana. Isso mesmo. É exatamente isso o que você leu: quem atirou em Marcela foi nossa estupidez e nossa omissão. Todos nós somos os seus algozes.

As coisas sempre estiveram aí, debaixo de nosso focinho, e sempre teimamos em não querer olhar para elas. Porém, quando a tragédia se instala de forma tão violenta e em um cenário tão próximo a nós, ficamos estarrecidos, quedamos desesperados, exercitamos uma tardia mistura de medo, desconsolo e indignação. Tudo porque se esgarçou o ilusório cordão de isolamento que parecia separar nosso paraíso refrigerado do abrasador inferno das ruas. Agora sabemos. Ninguém está imune. A peste está solta.

Até então, era como se o barril de pólvora no qual vivemos sentados não fosse de nossa conta. Mas quando a bala perversa atinge a cabeça de um de nós – ou alguém que bem poderia ter sido um de nós -, só assim despertamos de nosso sono letárgico de classe média deslumbrada e clamamos por providências contra a barbárie. É claro que as autoridades do setor de segurança precisam ser chamadas, com todo o rigor, à razão. Cabe a elas reprimir o faroeste caboclo, explicar como uma zona da cidade reconhecidamente dominada por assaltantes sempre permaneceu assim, entregue ao império da pedrada, do tijolaço e da bala.

Mas também é mais do que oportuno, e se torna dolorosamente necessário, refletir sobre a parcela de responsabilidade que nos cabe, pacatos cidadãos, a respeito de um episódio tão hediondo. Aprendemos a rir, de modo confortável e sem culpas, do programa policialesco de televisão que faz piada da violência que grassa em nossas periferias. Fechamos os olhos para as ocupações irregulares de terrenos que, por falta de um ordenamento urbano mais consistente, pululam na cidade e se tornam semeadouros de conflitos. Deixamos placidamente que nossas meninas se prostituam, de modo sórdido, por alguns míseros trocados ou pelo sonho de desposar um príncipe louro, nos inferninhos da Praia de Iracema.

Permitimos, sem dar um único pio, que se instale o vale-tudo, que valha a lei do mais tosco, que a falta de urbanidade seja a regra geral em nossa anestesiada coexistência. Diante de tudo aquilo que fere e incomoda a coletividade, tapamos o nariz, silenciamos a voz, levantamos o vidro fumê do carro, fazemos ouvidos moucos. Como os macaquinhos que se acham muito sábios mas que apenas permanecem sentados sobre os próprios rabos, não ouvimos, não vemos, não falamos. Na verdade, compactuamos com o descalabro. Somos os cúmplices da iniquidade.

Uma querida amiga jornalista, por e-mail, ao comentar o crime contra Marcela Montenegro, lamenta que, enquanto isso, ao passo em que a brutal violência coleciona mais uma vítima na cidade, o governador e a prefeita continuem a brigar pela supostamente bizantina questão de um estaleiro. Pois daqui respondo, cara amiga, caros leitores: é bom que prefeita e governador discutam mesmo. E é imprescindível que entremos e coloquemos cada vez mais o dedo e ainda mais lenha nessa briga. Não apenas para produzir aquele tipo de fogo que gera fagulha e calor, mas também para produzir a chama que traz a luz. O debate em torno do tal estaleiro, querida amiga, caros leitores, nada tem de bizantino.

É exatamente por nos esquivarmos de discutir coisas assim, como a proposição de um gigantesco estaleiro na orla urbana da cidade, que chegamos ao ponto onde estamos. Aqui, fique-se claro, não vai nenhuma puxada de sardinha para a brasa de qualquer um dos lados partidários ora em contenda. Não falo – e nunca falarei – de política no varejo. Desde a juventude, sou alérgico a partidos políticos. Falo, isso sim, de uma noção maior de política, falo a respeito de qual projeto de cidade afinal de contas desejamos e estamos erigindo para nós mesmos e para nossos filhos.

Tão esdrúxula quanto a ideia de um empreendimento industrial gigantesco fincado no litoral urbano é a instalação de um jardim japonês encravado na Beira-Mar. O segundo pode até aparentar ser menos polêmico ou menos nocivo do ponto de vista social, econômico, ecológico, paisagístico, urbanístico ou, sei lá, estético do que o primeiro. Mas creio que, ambos, estaleiro e jardim japonês, em maior ou menor escala, são igualmente reveladores de nossos tantos equívocos. Não há, pelo menos ao que eu saiba, uma colônia japonesa constituída em Fortaleza. Qual então o significado daquele monstrengo pretensamente zen plantado em um dos últimos espaços de convivência da cidade? Aquilo não passa de mais uma das tais belas ideias fora do lugar, outra aberração urbana, outro alienígena que pousou na cidade e por ali foi ficando, debaixo da complacência bovina de todos nós.

O que, afinal de contas, isso tem a ver com o tiro que acertou Marcela? – indagará por certo o leitor que teima em buscar compreender os efeitos sem descer ao desvão das causas. Tem tudo a ver, insisto. Não estamos apenas entregando a cidade aos malfeitores, aos turistas sexuais, aos arautos da bagunça, aos políticos talvez bem intencionados que, por serem incompetentes, provavelmente lotarão a ante-sala do inferno.

Nós, também, somos perigosamente belicosos. Cada vez que estacionamos o carro sobre a calçada, tornamo-nos mais selvagens. Cada vez que mudamos de faixa no trânsito sem ligar a sinaleira, contribuímos com a desordem geral. Cada vez que paramos em fila dupla na frente da escola à hora de pegar o pimpolho na saída da aula, reproduzimos a lógica de uma terra sem delicadeza e sem lei. Gentileza gera gentileza, pregava o profeta carioca das ruas. Ao contrário dele, somos habituais fomentadores da grosseria, da falta de educação, da omissão, do oportunismo calhorda.

Se não puxamos pessoalmente o gatilho na direção da cabeça de uma inocente, por vezes nos pegamos fazendo coisa tão nefasta quanto. Estamos matando, pouco a pouco, por sufocamento, uma cidade inteira. Acordemos enquanto é tempo. Fortaleza pede socorro. Barbárie gera barbárie.

PS: Sei que corro o risco de algum parlamentar indecente brandir este texto no plenário da Câmara ou da Assembléia como panfleto político contra fulana ou beltrano. De antemão, repudio-lhe o gesto, Excelência. O senhor sabe bem o tamanho da carapuça que lhe cabe.


E POR FALAR NISSO


Nonato, meu caro amigo.
Obrigado por reproduzir o artigo de hoje, publicado originalmente no DN, em seu blog, do qual sou leitor diário.
O texto, escrito com as tintas da indignação, está repercutindo muito. Em toda a minha vida de jornalista, nunca havia recebido tantos e-mails e retornos como hoje.
È sinal de que apenas verbalizei, em forma de desabafo, aquilo que está preso na garganta de todos nós.
Um abraço do seu velho fã, Lira Neto.

domingo, 8 de junho de 2008

LEITURAS: O FUTURO DOS JORNAIS

. Para quem se interessa, não deixe de ler hoje na Folha de SP o artigo da editora executiva Eleonora de Lucena, sobre o futuro dos jornais.

"Preocupados com a adesão avassaladora dos jovens à rede de computadores, os jornais buscam a renovação e discutem sua função nesse momento e seu espaço como negócio.

Tradicionais empresas jornalísticas já há muitos anos investem na internet e aproximam suas plataformas de informação.

Embora sejam âncoras importantes na rede e ganhem audiências em crescimento exponencial, não encontram contrapartidas em suas receitas que possam justificar uma eventual transição do papel para a tela.


Ao mesmo tempo, a venda de jornais continua a crescer no mundo (2,6% em 2007), muito impulsionada por países como China e Índia -e Brasil, que teve alta de 11,8%.

FOLHA