Quando se ler "Marilyn e JFK", tem-se a impressão de que tudo durante o governo do presidente Kennedy foi uma grande trapaça. Ele, nada tinha da figura do bom moço que a publicidade deixava crer. Suas relações com a Máfia eram as mais indiscretas. A sua compulsão por sexo, doentia. E, nesse grande bordel em que se insere a sua vida, surge Marilyn. O autor parece remexer num enorme lamaçal.
O livro de François Forestier [ leia
entrevista com o autor ] é um soco no estômago de quem tanto prezou a imagem da grande estrela de Hollywood. Fica a impressão [ única ] de ser ela uma prostituta a serviço único do prazer para chegar à fama.
Agora mesmo estou assistindo no TelecineCult "No Mundo da Fantasia", onde ela faz um papel de cantora e, evidentemente, o diretor tira partido de sua sensual beleza, de seu ar de loura burra e da sua atuação nem sempre convincente. Mas eu juro, jamais imaginava que ela fosse tão devoradora de homens, como o livro leva a crer.
Aliás, tanto Marilyn, quanto John Kennedy, Robert Kennedy, Sinatra, Peter Lawford, Jackie Kennedy, Joe Kennedy, Dean Martin, Sammy Davis Jr e todo o clã - pelo que o livro revela -, não eram boas biscas não. Circulavam em meio a corrupção, bandidagem, assassinatos - tudo sob o olhar atento de Edgar Hoover, o homem forte do FBI que fazia jogo duplo.
Evidentemente, essa biografia deve exagerar em busca de uma provável adaptação para o cinema. Bem escrita, ágil no relato, com informações incríveis de bastidores e da intimidade dos personagens. Mas, depois de lê-lo, fica a nítida impressão de que todos fomos enganados: nem Kennedy era santo, nem Marilyn, normal.
Por sinal, ela chegou a ser internada e colocada em camisa de força num hospital psiquiátrico depois de filmar "Os Desajustados", onde teria levado Clark Gable à morte.
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