Dicas de jornalismo e mídia social em menos de 400 toques

fonte: mangas verdes

Para estudante de jornalismo, captei uma lista de considerações práticas que Margaret Sullivan, a ombundsman do 'New York Times', usa como a peça central de sua última aula do semestre na Columbia Graduate School of Journalism. Intitulado “Tudo que sei sobre jornalismo em 395 palavras”, o texto fala de regras simples no fazer jornalismo. 

1.     Mídias sociais

• Evite brigas; ficar longe do teclado.

• Seja útil.

• Seja receptivo.

• Você deve estar disposto a reconhecer e corrigir os erros imediatamente.

• Mostre-se uma pessoa moderada; lembre-se que você está escrevendo para o mundo.

• Tente fornecer uma mistura de 20% de diversão e 80% de precisão.

• Leia cada link antes de retuitar ou republicar.

• Fale sobre uma ferramenta, não um fim em si mesmo.

2. Jornalismo:

• Não olhe para atalhos. Faça o trabalho que deve fazer.

• Se 'você pede' credibilidade, forneça um link e uma menção específica e sempre escreva com suas próprias palavras.

• Você pode perder sua reputação e sua carreira em um instante.

• No entanto, não se acanhe. Seja corajoso; a coragem está apenas nos valentes.

• Peça conselhos a pessoas inteligentes.

• Trabalhar para melhorar o mundo, mesmo em pequena escala.

• Não se contente por cumprir com o denominador comum do jornalismo.

• Um pouco de sarcasmo não é ruim.

• Pense com mais equidade e objetividade.

• Pense em quão perto você pode estar com a verdade.

• Coloque-se no lugar das pessoas que serão afetadas por seu trabalho. Isso não significa que você use toalhas quentes.

• Seja rigoroso na investigação dos fatos. Esforce-se para parar. Se você acha que deve entrevistar cinco pessoas, entrevistas 10. Verifique os fatos completamente.

• Seja agressivo, jornalista passivo não é jornalista.

• Tente ser realmente bom em uma ou duas coisas. E decentemente bom em muitas coisas.

• Se você fracassar, pedir desculpas é o que deve fazer.

• Aspire trabalhar para alguém maior.

• Qualquer que seja a ajuda que você recebeu em sua carreira, retorne o favor.

• Seja idealista. Combata o ceticismo.

• Não seja chato: use uma linguagem atraente e clara, especialmente quando o assunto for complicado ou difícil de compreender. Se você escrever dificil, é provável que você ainda não entendeu o assunto do qual está tratando.

• Você não está neste negócio por dinheiro, então se pergunte o porquê. 

JORNALISMO. Tem prêmio especial para reportagem jurídica

Profissionais de imprensa de veículos de comunicaçao (mídia impressa, radiofônia, televisiva, web e comunitária), as inscrições para o Prêmio Cidadania Judiciária tem prazo prorrogado até o dia 15 de novembro. 

O objetivo do concurso é estimular a produção de textos, trabalhos acadêmicos e reportagens que abordem sobre o acesso à Justiça, cidadania e responsabilidade social.

O prêmio será dividido em três categorias: academia (subcategorias: professores e alunos), escola (subcategorias: professores e alunos) e imprensa (subcategorias: jornal impresso, rádio, internet, televisão e mídia comunitária). 

A premiação ocorrerá dia 3 de dezembro. Na ocasião, tablets, smartphones e e-readers (marca Kindle) serão distribuídos, respectivamente, para os primeiros, segundos e terceiros colocados de cada subcategoria. 

Serviço:

Inscrições até dia 15 de novembro podem ser realizadas pelo email premiocidadaniajudiciaria@fdr.com.br

JORNALISMO. O investigativo funciona, sim

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Um bom jornalismo se faz com ideias ousadas. A Folha mandou um repórter percorrer nove Estados e provar que o registro único para armazenar dados de todo o País é balela. Não funciona. E o jornalista Reynaldo Turollo Jr. tirou carteira de identidade em cada um deles, usando a mesma foto. 

Absurdos como esse existem. Uma boa imprensa é aquela que não se detém nos fatos da periferia. Jornalismo investigativo é isso.

JORNALISMO. O estudante deve saber

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O professor de Jornalismo inglês, James Breiner, tem um ótimo artigo sobre "O que o estudante de Jornalismo deve saber", para entender as mudanças do meio em relação a quem deseja atuar no mercado. Eu compilei o texto na íntegra (clique no final) e pinço, aqui, algumas considerações importantes. 

Ele diz que o bom jornalista deve ter:

* Habilidades de contar histórias multimídia. Produzir slideshows com som, filmagem e edição de vídeo e fotos, escrever para a web .
* Dados estatísticos e habilidades para contar histórias. Coleta, edição, análise e interpretação de dados para a produção de mapas interativos atraentes e gráficos.
* Desenvolvimento de competências de audiência (anteriormente conhecido como marketing e circulação), tais como gerenciamento de comunidades on-line, interpretação de dados sobre o comportamento do público, para obter informações, interagindo com o público .
* Noções básicas de programação. Como criar páginas interessantes que atraiam o público da web.
* O negócio da mídia. Jornalistas podem ajudar uma organização de notícias a gerar receitas sem comprometer sua ética e hoje essa habilidade é mais importante do que nunca.

TWITTER. E quem vai ler o 2º parágrafo?

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Os microblogging nos mostraram o caminho: escrever pouco e dizer tudo. Aliás, foi o mestre Billy Wilder que colocou no filme "Primeira Página" (incrível, todo jornalista devia assisti-lo) a frase: "Quem diabos vai ler o segundo parágrafo" na discussão sobre o valor do 'lead'. Uma boa cabeça era o bastante para se dizer tudo. Ou como referiu Ludwig Mies van der Rohe: "Menos é mais", falando sobre o essencial na edição de um texto.

JORNAIS. O que é fazer um jornalismo novo

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Estimulado pelo comentário do Eduardo Tessler em seu excelente 'Mídia Mundo', fui conhecer a nova edição do periódico produzido pela Associação Nacional de Jornais. E gostei. Visite o site e leia a edição completa AQUI. 

JORNAIS. Sai o NYT, entra o Clarin brasileiro

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A semana trouxe duas novidades na área de jornais: o Clarin, de Buenos Aires, cria a partir de amanhã, o site clarin.com/br com notícias em português para o público brasileiro. 

A outra é sobre a edição impressa do jornal "The New York Times" que deixou de ser distribuída em todo o Brasil, para bancas e assinantes. 

A M&C Publicações, única distribuidora do jornal americano no país, cancelou a importação.

EQUÍVOCOS DA HORA. A Globo e o Eliomar

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Todo mundo sabe que 'herrar é umano'. E na pressa de redigir um título, uma legenda qualquer, profissionais da área do jornalismo acabamos dando com os burros nágua e cometendo erros, como esquecer uma letra - que pode mudar o rumo das coisas. Que o diga o pessoal do 'lettering' da Globo News, esta tarde. Quase ao mesmo tempo, o nosso sempre querido Eliomar de Lima também entrava para o clube dos 'equívocos da hora'. 

JORNAIS. Um bom exemplo de 2º caderno

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O 'Vida & Arte', de O Povo, há muito tempo consegue traduzir o verdadeiro espírito do 'segundocadernismo': ser interesse de leitura não apenas pela qualidade das matérias de cultura e arte, mas pela preocupação com o desenho da página (layout), com o texto e a seleção das imagens. Pontos para a equipe.

PRÊMIO. Ao jornalismo de saia do Brasil

Quem são as mulheres das redações brasileiras que disputam o troféu Mulher Imprensa? Instituído há nove anos, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, pela revista Imprensa, a votação está sendo feita no portal http://www.trofeumulherimprensa.com.br/9edicao/home.asp. Entre as participantes estão

Repórter de Revista
Cristiane Segatto (Época)
Daniela Pinheiro (Piaui)
Mariana Sanches (Marie Claire)
Martha Mendonça (Época)
Teté Ribeiro (Serafina)

Colunista de Jornalismo Impresso
Miriam Leitão (O Globo)
Mônica Bergamo (Folha de S.Paulo)
Ruth de Aquino (Época)
Sonia Racy (O Estado de S. Paulo)
Vera Magalhães (Folha de S.Paulo)

Âncora de Rádio
Alessandra Romano (Estadão ESPN)
Ana Paula Rodrigues (SulAmérica Trânsito)
Fabíola Cidral (CBN)
Tatiana Vasconcellos (BandNews FM)
Thays Freitas (Rádio Bandeirantes)

Comentarista / Colunista de Rádio
Inês de Castro (BandNews FM)
Lúcia Guimarães (Estadão ESPN)
Mara Luquet (CBN)
Miriam Leitão (CBN)
Roseann Kennedy (CBN)

Âncora de Telejornal 
Ana Paula Couto (Globo News)
Ana Paula Padrão (Rede Record)
Christiane Pelajo (TV Globo)
Maria Cristina Poli (TV Cultura)
Renata Vasconcellos (TV Globo)

Repórter de Telejornal
Adriana Araújo (Rede Record)
Delis Ortiz (TV Globo)
Monalisa Perrone (TV Globo)
Neide Duarte (TV Globo)
Sônia Bridi (TV Globo)

Comentarista / Colunista de TV
Cristiana Lobo (Globo News)
Denise Campos de Toledo (SBT)
Miriam Leitão (TV Globo)
Renata Lo Prete (Globo News)
Rosana Hermann (Record News)

JORNALISMO. A boa opção pelos gráficos

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Emílio Moreno me envia reproduções de gráficos sobre a tragédia de Santa Maria do Zero Hora (Porto Alegre) e Globo (RJ). Jornalismo moderno prescinde desse tipo de ilustração para melhor informar aos seus leitores.  

MANIA DE REPÓRTER. A reclusa Sandra

Sandra Batista é jornalista. Mas tem porte de socialite. Tem lá suas manias. Colecionar plantas e roupas. Aliás, dizem que ela não repete uma só peça do seu vestuário ao longo do ano.  

O mais curioso na vida dessa esposa de outro jornalista - Wilton Bezerra Filho, do jornal Aqui CE - é a mania que tem de fugir de uma câmera como aquele foge da cruz. Poucas vezes, deixou-se fotografar. Até sua imagem na página do Facebook não revela nada mais que um expressivo olho verde. E pronto. 

Esta semana, alvíssaras: Sandra apareceu numa foto ao lado dos colegas de redação da TV Jangadeiro, Nilton Junior e Diego Lage, de corpo inteiro. Até o momento ninguém sabe atinar que argumento forte, os dois utilizaram para que ela quebrasse essa natureza tão reclusa que tem, como se a chefe de reportagem do telejornalismo da Jang buscasse competir com Dalton Trevisan, o escritor brasileiro que nunca se deixou fotografar. Por enquanto, ele continua ganhando.

JORNAIS. Uma ideia inova a leitura digital

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Quem acessa qualquer jornal digital quase sempre encontra as mesmas notícias publicadas no início do dia. Aqui e acolá é que um site mais interessado cita alguma novidade surgida ao longo do dia, mas nunca nenhum órgão pensou em fazer o que o francês Le Soir pôs em prática. Diariamente, a partir das 17 horas, ele lança uma edição totalmente nova em todas as suas telas (tablet, PC, smartphone,). 

Aliás, antigamente os jornais circulavam como matutinos, vespertinos e, até - acreditem! - em edições noturnas. Até há poucos meses existia em SP o Jornal da Tarde, muito embora estivesse circulando pela manhã mais recentemente. Famoso, 'A Noite' chegou a ser citado na música 'O Jornaleiro' que lançou Wanderley Cardoso. 

Em Fortaleza, O Povo, a Gazeta de Notícias, o Nordeste e o Correio do Ceará circulavam como matutinos. À tarde saía o Unitário. Ou seria o Correio? 

Ao disponibilizar uma edição totalmente renovada, o jornal francês inova, atendendo a uma grande massa de interessados que, na volta do trabalho para casa, desejam navegar em sites de notícias com as últimas informações.
Afinal, quem passa o dia trabalhando quer se inteirar do que andou acontecendo durante o dia.

JORNAIS. Até quando eles sairão diariamente

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E um artigo no The Media Briefing indaga: "Os jornais ainda têm condições de serem publicados todos os dias?", que o blog Ponto Media destacou agora há pouco. Nele , a crise do impresso é avaliada e a possibilidade de mudanças por conta da concorrência online e do aumento de custos. 

PRÊMIO. O do BNB inscreve até dia 11

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Jornalistas e estudantes que queiram participar do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional 2012 têm até sexta para inscreve. Será sorteado um total de R$ 183 mil em prêmios, que variam entre R$ 3 mil e R$ 17 mil, de acordo com a categoria de inscrição.

 Podem concorrer jornalistas de veículos impressos, Internet, televisão e rádio de todos os Estados, bem como estudantes de Jornalismo que tenham publicações em mídias-laboratório.

Trabalhos devem ser enviados para o Ambiente de Comunicação Social do Banco do Nordeste do Brasil, na Av. Pedro Ramalho, 5.700 - Bloco D-1 Térreo - Bairro Passaré - Fortaleza-CE, CEP 60.740-000.  

 
O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no portal www.bnb.gov.br.

REVISTA. O fim da Newsweek impressa

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Às vezes, mudanças não são apenas boas, mas necessárias. Com este título, a editora-chefe da Newsweek,  Tina Brown, comenta o último número da revista impressa que circulou em dezembro, ao mesmo tempo que anuncia a permanência apenas da edição digital.  

Quem ainda lê revista semanal impressa?

Última capa da Newsweek de dezembro

Tenho feito pesquisas em várias bancas e o que tenho ouvido de vendedores é sempre aquela coisa de que o mercado não vai bem para essas publicações semanais impressas. Com a Internet, caiu demais a queda das vendas e cresceu o número de devoluções delas. 

Em relação à Newsweek, o campeão das capas foi Richard Nixon. Apareceu 62 vezes, seguido pelo programa espacial dos EUA, com 63, enquanto Jesus Cristo ganhou 21 capas.

JORNALISMO. As previsões para a atividade

AQUI .

Para fechar 2012, o Nieman Journalism Lab pediu a algumas das pessoas mais inteligentes da área, para prever o que 2013 trará para o futuro do jornalismo. 

Leitura interessante aos profissionais da atividade. Há quem reivindique a volta do sentimento.  

"Os jornalistas têm uma rara oportunidade de usar a mídia social para resolver um conflito de longa data e que diz respeito ao significado da emoção no jornalismo e para resolvê-lo de forma a evoluir além do binário subjetividade/objetividade.  Não existe uma receita que sirva para todos. Diferentes contextos exigem abordagens diferentes. Mas, um verdadeiro equilíbrio entre sentimento e notícias pode ser prestado através das mídias sociais e podem conduzir para o avant journalism - isto é, o jornalismo híbrido de liminaridade, pluralização e ruptura".

(Zizi Papacharissi, professora e chefe do Departamento de Comunicação da Universidade Illinois, além de editora do Journal of Broadcasting and Electronic Media.)

  §"Chefes de redação devem articular que o papel do jornalista na sua redação em 2013 agora inclui "a responsabilidade de trazer mais público digital para o seu jornalismo."
§  As redações devem ser pivô de criação de um grande conteúdo para as audiências digitais... 
§  As empresas de mídia deveriam parar de ceder a relação entre seus leitores e publicidade para terceiros e agências.

  §  A inovação de publicidade de empresas de mídia deve se tornar tão crítica como a inovação de conteúdo.

  §  "Primeiro o celular" deve tornar-se um mantra na redação. 

        (Raju Narisetti é chefe de redação do WSJ Digital Network)

JORNAIS.Uma inovação gráfica na imprensa

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Eduardo Tessler cita hoje em seu blog, a solução gráfica criada por 3 jornais do Canadá. Eles inovam na capa, abrindo mão das fotos e partindo para a criatividade do texto. Dá um efeito primoroso e realça as chamadas de primeira página. 

Moacir Maia deve ir para assessoria de RC

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Estava escrito no calendário maia - não o da antiga civilização, mas o do jornalista Moacir Maia. Ele é o nome para assumir em janeiro o cargo de assessor de imprensa do prefeito eleito Roberto Cláudio. 

Ainda não foi oficialmente anunciado, mas ninguém mais indicado para o cargo, principalmente, depois do excelente trabalho que ele demonstrou durante o período de campanha. 

Se tivesse um plebiscito na categoria, era Moacir na cabeça. 

JORNALISMO. Atividade mais que perigosa

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Já se divulgou ser a atividade jornalística na América Latina uma das mais perigosas. Assisto na CNN a entrevista com Fernando Vidal, o jornalista vítima de um atentado por grupos extremistas da Bolívia. O apresentador foi incendiado no estúdio da Rádio Popular, por quatro mascarados na cidade de Yacuiba, enquanto fazia o seu programa  diário. Os terroristas lançaram gasolina sobre ele e em todo o estúdio. Vidal  estava denunciando o contrabando de gás de petróleo na região da fronteira. Hospitalizado ele já sofreu cinco das 12 cirurgias que, provavelmente, serão necessárias.