Sebastião Belmino é um dos melhores profissionais de rádio e TV do Ceará. Sensível, bem humorado, de papo nordestino e agregador, Belmino faz do rádio aos domingos uma sala de conversa, onde todos os que chegam sentem a sua informalidade. Ouvi-lo, é prazeiroso.
Hoje foi meu dia de retornar ao programa. Via telefone, conversamos sobre muitos assuntos. Mais, principalmente, os da profissão. E pude contar coisas do passado, quando ensaiava os primeiros passos no 'sem fio'. A história da rainha Elizabeth é a pura verdade. Estão lá em Iguatu (corregindo o Eliomar de Lima sobre a localização da rádio onde tudo aconteceu) o Wálter Sudário, o Edilson Rolim e outros colegas com quem compartilhamos essas 'saias justas' do início de carreira.
A da vidente baiana é verdade, também. Nunca me passou pela cabeça fazer o 'Barra Pesada'. Deixar de atuar no Vida&Arte, do jornal O Povo, para ir apresentar um programa policial, realmente, deixou muita gente surpresa. Mas fui. Tenho compromissos comigo mesmo. Estou ali não para que ele me sirva de trampolim a uma carreira política - sem querer desmerecer os que assim agem. Mas é algo cármico, digamos assim.
Voltando ao Belmino: ele é uma expressão do rádio AM, veículo carente de profissionais dessa estirpe. O preconceito tem distanciado jovens de fazer carreira ali, sem saber que o mundo do futuro (eu diria, presente) tem fome e sede de informação. E que o veículo de todos os tempos para isso é o rádio. O AM é o canal mais direto, ágil, interativo. E Belmino exercita esse 'prazer' semanalmente, como se fosse o dever sagrado de ir à missa aos domingos.
Belmino é 10.
FALANDO NISSO