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A degradação da profissão de político é inquestionável. Guardadas as devidas exceções, o que se tem visto é a falta de compostura, o incontrolável despudor com a causa pública, a insana vocação por ser corrompido e corromper, além da ausência de caráter, prestígio, confiabilidade, respeito e ética, com que muitos carreiristas políticos se socorrem para continuar atrelados ao emprego. Nessa época de campanha, em que uma vez seguinte vão ao rádio e a tv mendigarem o voto cidadão, eles mais parecem atores ensaiando um papel que, na prática, não conseguem discernir com objetividade.
Talvez, por isso, a Política seja disputada hoje em dia por indivíduos que, visivelmente, não passam nenhum indício de confiabilidade e que se debatam como hienas famintas disputando o voto da carcaça-cidadã, como caricaturiza o chargista Clayton.
O editorial de O Povo, ao lado, diagnostica o que todos já sabemos e que só eles, os políticos, não conseguem ver por conta de sua miopia sócio-política.