Por terem surgido na leva de novidades da web, os blogs foram vistos inicialmente por uma boa parcela de internautas como apenas uma maneira de extravsar as idéias, jogar conversa fora ou ocupar o tempo que resta de nossas atividades. Muita gente fez cadastro no Blogger.com e no seu pretenso concorrente Blig (que não conseguiu alçar vôo de jeito nenhum) e o que se viu foi um 'mundé' de gente blogosferando.
Blog é coisa séria. Principalmente quando profissionais da Imprensa aderiram a esse veículo e passaram à frente dos sites pesados com que os jornais tentavam alcançar leitores. Por conta da efervescência dos diários online, os dirigentes de jornais reprogamaram suas páginais virtuais. Basearam seus templates no designers oferecidos pela eficácia que os blogs obtinham junto aos internautas. Com isso, o blog ganhou ainda mais importância. Criou lados, graças a interatividade constante. Mais ainda quando deixou de lado o ar 'gossip', a conversa fiada, o disse-me-disse e ajustou seus 'posts' ao interesse do jornalismo de efeito.
Lembro-me do 'Querido Leitor', da Rosana Hermann que, pouco ao pouco, foi criando identidade própria. Criou estilo, passou a curtir a informação diferenciando-se do jornal. Esse é um bom exemplo de blog. Que se fundamenta no registro do dia-a-dia da jornalista paulistana. O blog do Ricardo Noblat deu o pontapé para o início de uma comunicação mais 'clean', como se fosse um 'release' a pautar até mesmo os jornais. Há blogs muito pessoais, com o de Cora Rónai, que saiu completamente da vitrine quando adotou um sistema de conversa com ela mesma. Claro, reconhecemos ser o blog um jeito de colocar na Internet o pensamento de cada um. Por isso mesmo ele é democrático. Cada um escreve a seu modo.
No Ceará, o Eliomar de Lima iniciou o trabalho de pautar redações com o seu blog. E virou sucesso, principalmente, porque Eliomar tem fontes, chega primeiro, noticia tudo. E com responsabilidade. A Maísa (Vasconcelos) foi quem primeiro me alertou para a existência dos blogs. E me ensinou a mexer com as entranhas desse negócio. Fiz o ANTENA PARANÓICA, um blog destinado a compilar resumidamente o que o mundo falava para quem nã tinha tempo de ler tudo. Ainda curto até hoje. Depois vieram o BURUNGUNDANGA, o EFEITOS COLATERAIS (desativado), ACABEI DE CHEGAR que junto ao MOUSE OU MENOS limita-se a minha criação pessoal (em poesia e prosa). Mas é com o GENTE DE MÍDIA que eu vejo que esse negócio de blog é coisa interessante. Falo da audiência. Dos acessos. É uma loucura. Agradável, diga-se de passagem. Por isso, estou postando esse tijolão todo para dizer 'muito obrigado' pela atenção dos internautas, pois de tanto escrever escrever escrever, a gente acaba não tendo tempo para agradecer. Então, 'brigado'...