2. Formalismo é um saco, mas gírias e linguagem de internet também não combinam com este tipo de e-mail. Nada de “vc”, “aki” ou “naum”. Nem “trampo”, pelo amor de Deus.
3. Erro de português rende eliminação imediata. Tome muito cuidado para não escrever certas aberrações, como “esperiência proficional”. É legal também seguir o novo acordo ortográfico, mesmo que você ainda seja apaixonado pelo acento em “ideia”.
4. Gerúndio: é bom estar evitando. A vaga não é para operador de telemarketing.
5. E-mail-padrão para enviar a um monte de gente individualmente sempre traz o risco de você escrever “prezado senhor Maria Clara”. Por mais que hoje a questão do gênero esteja muito diversificada, isso ainda será visto como erro de concordância. Ou desleixo.
6. Mandar um e-mail a um grupo de jornalistas, com todos os endereços eletrônicos abertos, é queimar ainda mais o filme. Pedido por atacado é bem desagradável. Você pode receber uma resposta ainda mais desagradável, com todo mundo copiado.
7. Seja sincero com seus sentimentos. Sempre. Se você não gosta de assessoria de imprensa, não escreva que “ama ser assessor de imprensa” só para conseguir a vaga. Esqueça compromissos de fachada. Ou terá um divórcio traumático em bem pouco tempo.
8. Seja conciso. Textos longos e cheios de detalhe são ótimos para cartas de suicídio, mas não para prospecção de trabalho. Foco no seu objetivo atual. Deixe para ser prolixo quando decidir cortar os pulsos. Provavelmente por não conseguir um emprego.
9. Anexo é uma espécie de doença venérea. As pessoas morrem de medo de contaminação. Mande o currículo sempre no corpo da mensagem. E, claro, mande um currículo breve. Não interessa ao editor saber que você foi líder dos escoteiros na infância.
10. Nunca se refira à empresa a qual você está pedindo emprego com elogios ou adjetivos exagerados, como “adoraria trabalhar neste prestigiado e renomado jornal”. Isso soa falso, mais falso do que a Claudia Leitte cantando em inglês no Miss Universo 2011.