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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

BLOG. Duda Rangel volta com novidades

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O  blog "Desilusões Perdidas", do jornalista Duda Rangel, deu uma parada ano passado. O último post data de 19 de dezembro e versava sobre a questão do tempo, para concluir que era "tempo de dar um tempo". 

Hoje, Duda Rangel voltou ao batente. Mudou o logo do diário que passou a se chamar "Blog do Duda". E, nele, mais uma novidade: "A partir de hoje, começarei a escrever também sobre outras pedras em outros caminhos. Sobre outras desilusões risíveis, de gente variada, inclusive jornalistas. E, claro, seguirei escrevendo sobre o Jornalismo, com quem tenho uma ligação quase sexual". 

Que continue a fazer isso, com o humor que consagrou o blog.
  

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

LEITURAS. Duda Rangel para jornalistas


50 coisas que (quase) todo jornalista já viveu

Qual o jornalista que nunca perdeu um puta tempo procurando um telefone num bloquinho velho de anotações? Que nunca esqueceu o nome de um entrevistado? Trocou o nome de um entrevistado? Nunca prometeu largar o jornalismo por um emprego decente? Acabou a noite num bar para comemorar... para comemorar o que mesmo? Teve um branco em frente à tela do computador? Perdeu um texto inteiro que tinha esquecido de salvar? Passou a madrugada escrevendo um frila para entregar no dia seguinte bem cedinho? Qual jornalista nunca disse “mês, faz isso comigo, não, acaba logo, vai, por favor”? Ficou todo babão com uma matéria publicada? Fez uma merda enorme e passou o resto do dia se sentindo mal? Ganhou um elogio e passou o resto do dia se sentindo bem? Pensou em ganhar dinheiro escrevendo um blog? Fez um belo nariz-de-cera? Achou que sabia mais do que realmente sabia? Tomou chá de cadeira de entrevistado? Precisou explicar para um tio que, embora seja jornalista, não trabalha na Globo? Ficou com preguiça de ouvir a gravação de uma entrevista? Saiu frustrado de uma coletiva por não ter tido tempo ou coragem de fazer uma pergunta? Teve dúvida sobre como escrever “exceção”? Cochilou numa aula de Teoria da Comunicação na faculdade? Se arrependeu de aceitar um frila trabalhoso por uma merreca de grana? Caiu de pára-quedas numa pauta? Teve uma pauta que caiu na última hora? Sentiu medo de não conseguir terminar um texto até o deadline? Chegou atrasado a uma pauta? Qual o jornalista que nunca foi chamado de jornaleiro na família? Almoçou porcaria na padoca? Deixou de almoçar? Folgou numa terça ou quarta-feira? Contou uma piadinha num velório de famoso? Xingou um assessor de imprensa em pensamento? Teve sensação de poder com uma credencial no pescoço? Ganhou jabá bem chinfrim? Trabalhou até em sonho? Se imaginou escrevendo “a matéria”, daquelas de mudar os rumos do país? Recorreu ao “até o fechamento desta edição fulano de tal não foi encontrado”? Passou um carnaval ou um ano-novo de plantão? Pensou em trocar de editoria? Qual jornalista nunca se iludiu? Nunca se desiludiu? Se desiludiu um pouquinho mais? Reclamou do salário? Falou mal de outro jornalista? Comprou rifa com nome de mulher para ajudar algum motorista? Pensou em ganhar um prêmio? Uma menção honrosa? Foi a uma pauta só para paquerar um(a) repórter de outro jornal? Desistiu de trocar o jornalismo por um emprego decente? Qual jornalista nunca se sentiu um pouco bipolar?

POSTADO POR DUDA RANGEL NO SEU BLOG 'DESILUSÕES PERDIDAS'

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DUDA RANGEL. Todo jornalista devia ler


Imprensa sedentária

Jornalista preguiçoso não vai pra rua... cansa demais... aquela coisa... tem que andar... tem que investigar... e tá muito quente... prefere a redação... fica lá... assim... largadão... cafezinho... ar-condicionado... tá meio sem pique... sei lá... deve ser estresse...

Jornalista preguiçoso não tem saco pra apurar matéria... checar informação... troço chato... demora muito... fica naquela... a fonte nunca dá retorno mesmo... o espaço é pequeno mesmo... e vai lá no Google... ou espera tudo mastigado do assessor... as respostas prontinhas por e-mail... tá bom demais...

Jornalista preguiçoso não se prepara pras entrevistas... é meio assim... vamu que vamu... e na hora a gente vê o que faz... aperta o REC do gravador... nem presta atenção na fala do entrevistado... tá sempre atrasado... esquece sempre a caneta... faz uma perguntinha de bosta... e beleza... não questiona mais nada... engole tudo... assim... numa boa...

Jornalista preguiçoso adora um clichê... aquele lance... pensar dá muito trabalho... não ganha pra isso... chupa o texto do outro... é mais fácil... não tá inspirado hoje... o tempo é sempre curto... não dá pra ser criativo todo dia... e o texto sai uma merda... e foda-se...

Jornalista preguiçoso é... como este texto... cheio de reticências...

Texto de Duda Rangel no Desilusões Perdidas

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

BLOGS. O que atrai o leitor do 'Desilusões'


Duda Rangel, o editor do Desilusões Perdidas, fez uma enquete nesse seu blog, sobre quais os temas que mais atraem interesse do leitor. A pesquisa - ainda em andamento - revela uma tendência do público leitor para os assuntos ligados a agruras da profissão, causos de imprensa, sobre o ensino de Jornalismo, além de interesse pela discussão do diploma e vida de foca. Duda tem um dos melhores diários a respeito da atividade jornalística e o conduz de forma irreverente e humorada.

Faculdade de jornalismo
171 (35%)
Diploma
79 (16%)
Vida de foca
200 (41%)
Mercado de trabalho
141 (29%)
A prática jornalística
238 (49%)
Agruras da profissão
257 (52%)
Ética
71 (14%)
Liberdade de expressão
69 (14%)
Assessoria de imprensa
84 (17%)
Novas mídias
74 (15%)
Causos da imprensa
247 (50%)

domingo, 18 de setembro de 2011

JORNALISTA. Dicas para arranjar emprego


O texto abaixo é de Duda Rangel, no seu excelente Desilusões Perdidas". Tire proveito, rindo.

10 dicas para um jornalista pedir emprego por e-mail sem queimar o filme



1. Jamais comece o e-mail com “venho por meio deste”. Porra, isso é mais clichê do que epitáfio iniciado com “aqui jaz fulano de tal”. A frase pronta mostra falta de criatividade ou que você se baseou numa antiga carta de apresentação do seu avô para redigir a mensagem.

2. Formalismo é um saco, mas gírias e linguagem de internet também não combinam com este tipo de e-mail. Nada de “vc”, “aki” ou “naum”. Nem “trampo”, pelo amor de Deus.

3. Erro de português rende eliminação imediata. Tome muito cuidado para não escrever certas aberrações, como “esperiência proficional”. É legal também seguir o novo acordo ortográfico, mesmo que você ainda seja apaixonado pelo acento em “ideia”.

4. Gerúndio: é bom estar evitando. A vaga não é para operador de telemarketing.

5. E-mail-padrão para enviar a um monte de gente individualmente sempre traz o risco de você escrever “prezado senhor Maria Clara”. Por mais que hoje a questão do gênero esteja muito diversificada, isso ainda será visto como erro de concordância. Ou desleixo.

6. Mandar um e-mail a um grupo de jornalistas, com todos os endereços eletrônicos abertos, é queimar ainda mais o filme. Pedido por atacado é bem desagradável. Você pode receber uma resposta ainda mais desagradável, com todo mundo copiado.

7. Seja sincero com seus sentimentos. Sempre. Se você não gosta de assessoria de imprensa, não escreva que “ama ser assessor de imprensa” só para conseguir a vaga. Esqueça compromissos de fachada. Ou terá um divórcio traumático em bem pouco tempo.

8. Seja conciso. Textos longos e cheios de detalhe são ótimos para cartas de suicídio, mas não para prospecção de trabalho. Foco no seu objetivo atual. Deixe para ser prolixo quando decidir cortar os pulsos. Provavelmente por não conseguir um emprego.

9. Anexo é uma espécie de doença venérea. As pessoas morrem de medo de contaminação. Mande o currículo sempre no corpo da mensagem. E, claro, mande um currículo breve. Não interessa ao editor saber que você foi líder dos escoteiros na infância.

10. Nunca se refira à empresa a qual você está pedindo emprego com elogios ou adjetivos exagerados, como “adoraria trabalhar neste prestigiado e renomado jornal”. Isso soa falso, mais falso do que a Claudia Leitte cantando em inglês no Miss Universo 2011.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

HUMOR. Duda Rangel e 'A boa rabugice'


Jornalista é assim.
Carrancudo.
Faz motim,
reclama de tudo.

Do sistema capitalista
Do mercado canibal
Do dono de jornal fascista
Do piso salarial.

Do anúncio que entra
Do texto que sai
Do trampo que aumenta
Da folga que cai.
Do release safado
Da pauta furada
Do prazo apertado
Da fonte enrolada.

Da falta de tempo
Da falta de paz
Da bosta de aumento
Do lead que faz.

De ser oprimido
Do jogo imundo
De ser agredido
Das merdas do mundo.


(Duda Rangel do blog Desilusões Perdidas)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

No dia do jornalista, lições de Duda Rangel



Pequeno dicionário de expressões jornalísticas mortas

Algumas expressões que há muito tempo caíram em desuso:
Copydesk – uma espécie de revisor, este profissional corrigia as cagadas nos textos dos jornalistas. Vivia em briga com os repórteres, que o acusavam de mexer demais onde não devia e de cortar as matérias pelo pé. O copydesk perdeu o emprego para o corretor ortográfico do Word, que trabalha de graça e não exige férias nem plano de carreira.

Viúva – não confundir com a mulher do jornalista que, de tanto comer calabresa acebolada e tomar todas no boteco, foi vítima de um ataque do coração aos 43 anos. Viúva era só aquela palavrinha solta, abandonada numa linha de texto incompleta.

Jornalista investigativo – repórter que ia para as ruas farejar grandes matérias. Com a criação do Google e com os dossiês políticos customizados, o jornalista investigativo passou a ser chamado de jornalista-da-bunda-quadrada. Fica só na redação, sentado na frente do computador, com o celular ligado, esperando cair em seu colo uma bomba. Parece mais atendente do Disque-Denúncia.

Gillette Press – era a arte de pegar uma notícia já publicada, cortar aqui, aparar ali e, na maior cara-de-pau, apresentar um texto completamente “novo”. Hoje, a expressão foi esquecida, mas a prática está cada vez mais forte. Na era digital, os jornalistas, sem tempo para a apuração ou sem vergonha na cara, preferem chamá-la de “Copy and Paste” (ou Ctrl C / Ctrl V).

Paste-up – parece, mas não tem nada a ver com marca de pasta de dente. Era uma colagem de tiras de textos, impressos em papel fotográfico, no processo de composição de uma página de jornal. Um trabalho lúdico, feito pela turma da Arte, que, na infância, sempre tirava as melhores notas nas aulas de Educação Artística.

Apuração cuidadosa – era uma prática comum nas redações do período Neolítico, quando ainda havia preocupação com a qualidade da informação. Com a transformação das redações em linhas de produção de notícias e a pressa de furar a concorrência, foi criada a matéria-miojo, de apuração instantânea, que fica pronta em três minutinhos.

Foi postado por Duda Rangel no DESILUSÕES PERDIDAS.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

HUMOR. O Cancioneiro Jornalístico do Duda


Duda Rangel é o rei do baião. Quero dizer, do baião-de-dois do humor de redação. Ele brinca com a nossa atividade jornalística. É um gozador talentoso! Hoje, por exemplo, ele virou DJ e listou o 'hit-parade' (está lembrado dessa velha expressão?) que tem a ver com a profissão.
Do Gutemberg ao portal – Tim Maia

Você não soube apurar – Blitz

O bêbado é o jornalista – Elis Regina

Geração Copia-e-Cola – Legião Urbana

Repórter velha (é que faz matéria boa) – Sérgio Reis

É bom para o jornal – Rita Cadillac

Chuva de pauta – Gal Costa

Pescoções psicodélicos – Lobão

É proibido filmar – Roberto Carlos

Não deixe o impresso morrer – Alcione

Tomar café (café não costuma faiá) – Gilberto Gil

Ilusão de estudante – Milton Nascimento

Codinome Assessor – Cazuza

Agora só falta escrever – Rita Lee

Liberdade pra dentro da imprensa – Natiruts
Precisamos dizer mais alguma coisa?