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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

INFOGRAFIA. A História e o medo do novo

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Os inventos importantes, que hoje contamos em nosso dia a dia, sofreram os piores prognósticos no passado. 

Veja o caso dessa ilustração, no qual se pode ler as seguintes «pérolas»: 

  • Em 1545: apenas 60 anos depois da invenção da imprensa, demasiados livros pode confu ndir e danificar o cérebro.
  • Em 1775: o cada vez mais popular periódico pode representar o perigo a muitos cidadãos enquanto se ler em silêncio.
  • Em 1881: o neurologista George M. Beard diz temer que os jornais e o telégrafo vão criar problemas mentais nas pessoas. 
  • Em 1900: o telefone te pode deixar surdo e a eletricidade até... matar-te!
  •  Em 1920: o rádio causará o sumiço das conversas ao ser substituídas pelo terrível jazz.
  • Em 1950: a televisão «acabará com o rádio, as conversas, a leitura e a vida familiar».
VIA: Microsiervos

sábado, 1 de dezembro de 2012

DICA. Site fala de um fenômeno interessante

Pirâmides de Gizé, Alinhamento, Planetas
No site MOUSE OU MENOS uma curiosidade: segunda-feira que vem, a Terra registrará um fenômeno que só ocorre a cada 2.737 anos. 

Três planetas – Mercúrio, Vênus e Saturno – estarão aliados exatamente da mesma maneira como foram construídas as pirâmides de Gizé, no Egito. 

Isso acontece a 18 dias da anunciada previsão do calendário maia, muito embora sejamos partidários de que não se trata de 'fim do mundo'. Na verdade, temos consciência de que pode estar em vias de ocorrer a promessa de mudança vibracional do Planeta, anunciando uma era nova onde vão prevalecer valores maiores do ponto de vista ético.

domingo, 12 de agosto de 2012

LIVROS. O Brasil de ontem e o do futuro

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Depois de ler 'Brasil, um país do futuro', de Stefan Zweig, eis que me apaixono pelo texto de 'Hans Staden - Duas viagens ao Brasil', escrito no século XVI e publicado originalmente em Maburgo, em 1557. Se o livro de Zweig lançava um olhar aos dias de hoje, o registro do mercenário Staden mostra como era a terra de Santa Cruz ao tempo das caravelas e dos índios. O livro foi lançado pela L7PM Pocket e, dele, já havia lido algo a respeito em 'Na Antevéspera', obra de Monteiro Lobato. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

GOOGLE. A Amélia que esteve no Ceará

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Os 115 anos de nascimento da pioneira da aviação norte-american, Amelia Earhart, são lembrados pelo doodle do Google. Arte gráfica belíssima. Aliás, Amelia esteve em Fortaleza. Hospedou-se no antigo Excelsior Hotel. Abaixo a cópia do pagamento feito pela hospedagem. 


quinta-feira, 7 de junho de 2012

FOTOS. 1 minuto antes da que ficou famosa

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As fotografias, a exemplo dos diamantes, são para sempre. Há umas marcantes que surpreendem. Viram história. Mas o que dizer de outras que foram feitas um minuto antes daquelas que viraram verdadeiros ícones?

8 de agosto 1969. O grupo Beatles se dispunha a promover o poster  do que seria  o último disco “Everest”. O conjunto viajaria ao Himalaia para fazer um book fotográfico que ilustraria o álbum, mas por problemas distintos de produção mudaram o título e todo o projeto fazendo as fotos às pressas em uma rua de Londres. perto do estúdio de gravação - a Abeby Road. Uma decisão de última hora que não agradava a ninguém. O fotógrafo Ian McMillan captou os instantes que antecederam a pose final de Lennon, Ringo, Paul e Harrison. 

domingo, 15 de abril de 2012

JORNALISTA. Expulso pelo entrevistado

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Mês passado fez dez anos da morte do cineasta Billy Wilder. Judeu, nascido na Polônia, fugiu da Alemanha quando Hitler infernizou o ar e caçava judeus, indo para os EUA. Tornou-se um dos maiores nomes do cinema. Antes foi jornalista na Áustria.

Uma de suas memórias interessantes relaciona-se ao seu encontro com Sigmund Freud, quando foi designado pelo jornal 'Die Stunde' (A Hora) para entrevistá-lo. No livro "Conversations with Billy Wilder" de Cameron Crowe, ele conta o que aconteceu e que ele considera "o ponto alto da minha carreira de jornalista".

Eu não consegui entrevistar Sigmund Freud. (...) Eu fui até a Bergasse 19, onde ele morava. Era um bairro de classe média. Eu estava equipado com uma arma única, o meu cartão de jornalista do Die Stunde. Buscava uma história para o número de Natal", sobre o que ele achava do novo movimento político na Itália".Mussolini era um nome novo. O ano era 1925, então para mim era novo. Eu fui documentado sobre o assunto. Mas Freud detestava jornalistas, desprezando-os, porque toda a gente costumava rir dele. (...) Toquei a campainha. A empregada abriu e disse: "Herr Professor está comendo." Eu disse, "esperarei". Então eu sentei lá. (...) Através da porta de seu escritório vi o famoso sofá ... fiquei impressionado como quão pequeno era o sofá. Eu estava sentado em uma cadeira. De repente, eu olho para cima, e ali está Freud. Um homem minúsculo.Ele tinha um guardanapo amarrado no pescoço, porque tinha deixado a mesa no meio da refeição. Ele perguntou, "é jornalista?" Eu disse, "sim, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas." Ele respondeu: "Ali, a porta." Ele me mostrou. Foi o ponto alto da minha carreira. Porque sempre me perguntam sobre isso; algumas pessoas têm viajado de longe apenas para perguntar sobre cada detalhe, para dizer-lhes exatamente o que aconteceu. Mas isso é tudo o que aconteceu. Um simples "ali, a porta." 


A última cena do seu "Crepúsculo dos Deuses"


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

FOTOS. Momento antes da imagem histórica


Hoje faz 44 anos de um episódio que rendeu imagens no mundo todo: a execução de um vietnamita e cuja foto foi estampada em todos os jornais. Mas antes dessa e de outras imagens históricas, existem alguns flagrantes que mostram o momento que antecedeu ao fato registrado pelo profissional de imprensa. Abaixo alguns exemplos com as fontes de referência.



A foto da execução vietnamita é de 1º de fevereiro de 1968. Antes de ser registrada, porém, há registro de Lop Bay, membro da Frente de Libertação Nacional, sendo escoltado pelas ruas de Saigon. Ele havia atacado uma delegacia. O delegado resolve se vingar e o executa publicamente, antes os olhos e lentes do fotojornalista norte-americano Eddie Adams. (FONTE)



8 de agosto de 1969. A banda mais famosa da história está prestes a promover o que, em última instância, seria o seu último álbum, "Everest ". O grupo iria viajar para o Himalaia para ter um livro de fotografias para ilustrar o álbum, mas por vários problemas de produção mudaram o título e todo o projeto, tirando fotos com pressa em uma rua de Londres, perto do estúdio de gravação. A decisão de última hora não agradou a ninguém. Fotógrafo Ian McMillan capturou a pose dos artistas momentos antes da travessia da Abbey Road. (FONTE)


Esse prédio foi construído pelo arquiteto checo Jan Letzel, nos anos 20, para acomodar o programa de um museu de uma pequena cidade no Japão. Foi preparado com vistas a evitar terremotos. Ele permaneceu de pé após o lançamento da bomba de Hiroxima.(Kurioso)





sábado, 14 de janeiro de 2012

FOTOGRAFIA. 50 anos clicando presidentes


Será lançado mês que vem nos EUA o livro "Fotógrafos dos Presidentes", revelando imagens icônicas e raramente vistas de chefes de estado americanos, de Kenedy a Obama. O livro marca os 50 anos de fotografia dentro do Salão Oval da Casa Branca.

O livro revela a intimidade, os bastidores e o dia-a-dia de chefes de executivos que vão de Lyndon Johnson a Barack Obama.



Cada época, um nome. A presidência histórica de Obama é revelada através das lentes de Pete Souza. A vida privada de Gerald Ford por David Hume Kennerly. George W. Bush em momentos com a família, capturados por seu fotógrafo e parceiro de pesca, David Valdez.

O primeiro a permitir o acesso ilimitado às imagens da vida particular dos presidentes norte-americanos foi na época de Lyndon B. Johnson com fotógrafo Yoichi Okamoto.

Veja VÍDEO 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

TV. A cidade dos gêmeos criada por Mengele


O canal National Geographic está exibindo "Os Gêmeos de Mengele". Documentário fala sobre a suposta presença do médico nazista Josef Mengele no Brasil, onde teria criado uma cidade de gêmeos em Cândido Godoi, no Rio Grande do Sul.

A tese hoje em dia já tem uma outra explicação, mas não deixa de ser curioso a ideia de que as experiências feitas na Alemanha, durante a II Guerra Mundial, tenham sido levadas a efeito numa pequena cidade do sul brasileiro, poucos quilômetros da Argentina, onde Mengele se refugiou depois de fugir com a aproximação das tropas.

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

CURIOSIDADE. O curriculum vitae de DaVinci


Antes de ser famoso, antes de pintar a Mona Lisa e A Última Ceia, antes de inventar o helicóptero e bem antes de desesenhar a imagem mais famosa do homem, antes de conseguir tudo isso, Leonardo da Vinci foi artífice, um armeiro, um 'expert' fabricante de coisas que fazem BOOM.

E como todo desempregado, um dia teve se sentar e redigir seu 'currículum vítae' para poder conseguir um emprego. É então que em 1482, aos 30 anos de idade, Leonardo redigiu a seguinte página com uma interessante lista de todas as suas habilidades. E a enviou a Ludovico, o mouro, duque de Milão.
Este é um 'screenshot' do histórico documento:

A Ludovico Sforza, governante de Milão.

"Ilustre senhor, depois de ver evidências suficientes e considerar todos aqueles que se dizem professores e inventores de instrumentos de guerra; e como a invenção e operação desses instrumentos não estão fora de uso corrente, vou me esforçar, sem prejuízo de outros, para me fazer entender por V. Excelência. Eu abrirei os meus segredos e estou disponível para implementá-los a V. Excelência e quando for apropriado, demonstrar as coisas em parte brevemente registradas abaixo:

1.Tenho projetos de pontes muito leve e forte, que pode ser transportado facilmente.
2. Eu sei como fazer o cerco de terra para tirar água dos poços e fazer um número infinito de pontes, escadas de corda e outras ferramentas.
3. Se a altura de um terreno ou a força do lugar e o sítio não poderiam usar um cerco, eu sei fazer bombas, eu sei maneiras para acabar com cidadelas e fortalezas, mesmo quando construídos com pedras. 
4. Também tenho idéias para fazer armas muito úteis e muito fáceis de se moverem, com pequenas pedras de granizado para se jogar. 
5. E se acontecer alguma coisa no mar, eu tenho planos muito úteis para usar instrumentos para o ataque e a defesa, incluindo embarcações que resistem ao fogo. 
6. Sei também maneiras de chegar a um determinado lugar secretamente através de cavernas e passagens secretas, ainda que para isto seja necessário passar sob um rio.
7. Eu posso construir carros cobertos (tanques), seguros e inofensivos para aqueles que entram nas linhas inimigas com artilharia, e dotar homens com armas de grande poder que vão desmoronar os carros inimigos. 
8. Da mesma forma, se necessário, armas, morteiros e artilharia de formas belas e úteis, de uso comum.
9. Quando não for possível a utilização de armas de fogo, vou projetar diferentes tipos de catapultas e outros instrumentos de diferentes atuações comumente usadas, em suma, dependendo do que as várias circunstâncias ditam, irei projetar artefatos para ataque e defesa.
10. Em tempo de paz, eu acho que posso dar satisfação, tanto quanto qualquer outro na Arquitetura com a construção de edifícios públicos e privados, e na condução de água de um lugar para outro.
11. Eu posso realizar esculturas em bronze, mármore ou barro e sei usar tintas. Meu trabalho pode ser comparado por qualquer outra pessoa, quem quer que seja.
12. Além disso, eu diria que o trabalho do cavalo de bronze seria uma glória imortal e eterna honra da memória de seu feliz e ilustre pai da casa de Sforza.
13. E, se qualquer uma das coisas mencionadas parecer a alguém impossível ou inviável, declaro-me pronto para fazer uma demonstração em seu parque ou onde você quiser. 
Felicito-me com V. Excelência, com toda a humildade.

Você nota que Leonardo não menciona qualquer uma das suas grandes obras e realizações. Não diz nada sobre a pintura do altar da capela de San Bernardo. Não menciona a sua longa lista de bombas construídas. E nem cita seu trabalho anterior junto ao estúdio do artista Andrea di Cione. Não, Leonardo não diz nada sobre isso, porque essas são as suas(dele) realizações artísticas pessoais e não havia necessidade de dizê-las ao duque. Em vez de mencionar tudo isso, ele simplesmente se auto-vende a seu empregador afirmando exatamente o que ele poderia fazer por ele.

Resultado

Ele conseguiu o emprego. Trabalhou em Milãio de 1482-1499. Entre vários veículos militares que criou, pintou também o quadro da Virgem dos Rochedos para a Confraria da Imaculada Conceição e um de seus quadros mais famosos, 'A Última Ceia' para o mosteiro de Santa María de la Gracia .

Texto original: AEROMENTAL

terça-feira, 12 de abril de 2011

FORTALEZA. Imagens de outros dias


Descobrimos na Internet dois vídeos interessantíssimos sobre a Fortaleza que completa 285 anos, amanhã. Produzido pelo produtor Paulo Guedes, na década de 60 do século passado, faz uma comparação de imagens da capital cearense do ano de 1963 com imagens ainda mais antigas: de 1920.



O documentário é narrado pelo locutor Menezes de Carvalho, com um texto bastante inadequado ao que se aprende nos cursos de comunicação hoje em dia. Mas tem a importância de ser o registro da cidade, em duas épocas: 1963 e 1920.

sábado, 15 de janeiro de 2011

CINEMA. O filme proibido feito em Canoa


O mistério cerca o primeiro filme estrangeiro a utilizar as belezas de Canoa Quebrada, no final da década de 60. "Le Grabuge", título original para 'Operação Tumulto', teve locações no Ceará e no Rio, até ser destruído pela empresa distribuidora, a Fox, segundo confirma o site IMDb, especializado em cinema.

No ano de 1968, eu estudava no Liceu e lia pelas páginas de O Povo, acerca das filmagens de 'Operação Tumulto'. Na época, gazeei aula para assistir o trabalho nas locações da capital. Lembro-me bem das cenas de perseguição e morte feitas na esplanada do Mucuripe. Depois, a equipe se deslocara para o interior: Canoa Quebrada e Aracati, além de locações no Rio.

O filme é de Édouard Luntz (1931-2009), cineasta que fez sucesso em Cannes com o curta "Enfants des Courants D'Air", filme sobre meninos marginais. Por causa dele, recebera convite da Fox para fazer um longa. Ele elegera o Ceará como cenário. Consta que teria alterado o roteiro original e acarretado a ira dos produtores norte-americanos. Outra versão diz que a produção desagradou os militares brasileiros que comandavam a ditadura de 64.

Estrelado por Patricia Gozzi, Calvin Lockhart (falecido em 2007), Julie Dassin (filha do cineasta Joe Dassin) e com participação dos brasileiros José Lewgoy e Zózimo Bubul, o filme teve música de Baden Powell e nunca foi exibido em nenhum lugar do mundo. O diretor chegou a ir a Justiça reclamar seus direitos, mas a produtora tomou uma atitude radical: destruiu o filme. Só existem algumas fotos de "Le Gabruge", uma tentativa do autor de trabalhar fora dos clichês de Hollywood.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Rádio. Independência revista na Povo-CBN


Bom deste feriado, foi ouvir hoje pela manhã no Grande Jornal Povo-CBN a historiadora Isabel Lustosa falar a respeito da 'invenção do 7 de setembro'.

De forma elucidativa, Isabel conversou direto do Rio de Janeiro conosco, oportunidade em que citou a tese defendida pela sua colega Maria de Lourdes Lyra de que há aspectos contraditórios em relação a data real da Independência do Brasil. Confirmou a importância de dona Leopoldina, responsável pela assinatura do decreto do desligamento do Brasil e que só depois de cinco dias é chegava às mãos de Dom Pedro.

Aliás, a historiadora nascida em Sobral escreveu excelente artigo na edição de hoje do Estadão, onde faz algumas indagações curiosas: "Por que quando consultamos os jornais de 1822, não há nenhuma referência ao que se passou nas margens do Ipiranga em 7 de setembro? Porque aquele episódio foi escolhido em detrimento de outros, quando sabe que, em 1822, a data tomada como marco da Independência foi o 12 de outubro, dia do aniversário de dom Pedro I e de sua aclamação como imperador?".

Em sua entrevista fez o perfil de dom Pedro I, confirmando o registro de seu livro "Dom Pedro - Um herói sem nenhum caráter", onde mostra o imperador como um mulherengo, cujo caso com a marquesa de Santos foi o mais notório.

Citou também a questão histórica do quadro de Pedro Américo, contratado 60 anos depois para retratar o episódio e que poucas referências tinha em relação ao acontecimento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Jornais. Última Hora passa a domínio público


Uma excelente chance para pesquisadores é a de consultar o banco de dados de um dos mais famosos jornais impressos do Brasil, o Última Hora. Pois a partir de hoje, isso já é possível.

Acabam de ser liberadas pelo Arquivo Público do Estado de SP, 54 mil fotografias e 1200 ilustrações do jornal fundado Samuel Wainer em 1951, e que agora são do domínio público.

Para acessar todo o material, clique AQUI.

sábado, 26 de junho de 2010

SP. A sagrada virtude dessa arte paulista


Nonato/Regina Albuquerque

Manhã de sábado em SP foi para curtir a Pinacoteca. Fundada em 1905, funciona no antigo Liceu de Artes e Ofícios. Há seis anos incorporou antigos armazéns da Estrada de Ferro Sorocabana. Em toda sua extensão, vibra a sagrada virtude da arte paulista.

Com mostras que vão desde o 'Ouros de Eldorado', arte pré-hispânica da Colômbia, passando pelo acervo da instituição - óleos, acrílicos, gravuras, obras em gesso, bronze e mármore -, a Pinacoteca reune o melhor dos artistas paulistas como Almeida Jr, Tarsila do Amaral, Antonio Parreiras, entre outros.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Jornalismo. 'O Povo' faz história. E a reescreve


Um jornal é o espelho do seu tempo. Já se falava-se assim, quando não havia imagem mais significativa para compará-lo. Hoje, essa noção é muito mais ampla. Um jornal é tudo. Muito embora ainda existam os que se dedicam a reportar apenas o cotidiano, há outros que, além desse 'habitueé', refletem a História no seu sentido mais amplo. Revisitam o passado, reconstroem fatos que, à época, ficaram meio duvidosos em seu entendimento, ao mesmo tempo que saltam para o futuro e fazem o diagnóstico do que o hoje pode atrair amanhã, a partir das atitudes humanas. O Povo faz tudo isso.

Esse 'especial' sobre Inquisição, da edição de 19 de junho da publicação cearense, é a resposta de um órgão de imprensa que valoriza o conteúdo a partir de um olhar muito mais abrangente do que focar o dia-a-dia, opinar sobre as demandas comuns de todo mundo.

O levantamento histórico de Demitri Túlio e sua equipe recompõe a verdadeira estratégia dos pensadores do passado gutemberguiano de situarem a imprensa como um centro difusor do pensamento humano, capaz tanto de absorver o relato do hoje, como transpor essas fronteiras do tempo e iluminar as mentes em relação a fatos que não foram devidamente esclarecidos.

É notável o trabalho de texto, a pesquisa de dados, o trabalho ilustrativo, a diagramação, mostrando um relato dos mais importantes para se compreender os fatos que mudaram vidas, a partir de uma visão deturpada de um sistema religioso. Pela informalidade de sua narrativa, podemos acessar informações que, muitas vezes, a História oficial negligenciou.

Esse registro que fazemos aqui é, nada mais nada menos, o reconhecimento pela excelência do trabalho da redação da Aguanambi e um abraço de saudação a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram para nos dar um documento dos mais importantes da História. Até porque, do regional de seu enfoque é possível compreender-se a abrangência universal que deve ter sido esse momento equivocado da Igreja e suas consequências. Do ponto de vista histórico, O Povo se alteia aos grandes órgãos de imprensa do mundo. E só nos deixa envaidecidos.