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domingo, 15 de abril de 2012

JORNALISTA. Expulso pelo entrevistado

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Mês passado fez dez anos da morte do cineasta Billy Wilder. Judeu, nascido na Polônia, fugiu da Alemanha quando Hitler infernizou o ar e caçava judeus, indo para os EUA. Tornou-se um dos maiores nomes do cinema. Antes foi jornalista na Áustria.

Uma de suas memórias interessantes relaciona-se ao seu encontro com Sigmund Freud, quando foi designado pelo jornal 'Die Stunde' (A Hora) para entrevistá-lo. No livro "Conversations with Billy Wilder" de Cameron Crowe, ele conta o que aconteceu e que ele considera "o ponto alto da minha carreira de jornalista".

Eu não consegui entrevistar Sigmund Freud. (...) Eu fui até a Bergasse 19, onde ele morava. Era um bairro de classe média. Eu estava equipado com uma arma única, o meu cartão de jornalista do Die Stunde. Buscava uma história para o número de Natal", sobre o que ele achava do novo movimento político na Itália".Mussolini era um nome novo. O ano era 1925, então para mim era novo. Eu fui documentado sobre o assunto. Mas Freud detestava jornalistas, desprezando-os, porque toda a gente costumava rir dele. (...) Toquei a campainha. A empregada abriu e disse: "Herr Professor está comendo." Eu disse, "esperarei". Então eu sentei lá. (...) Através da porta de seu escritório vi o famoso sofá ... fiquei impressionado como quão pequeno era o sofá. Eu estava sentado em uma cadeira. De repente, eu olho para cima, e ali está Freud. Um homem minúsculo.Ele tinha um guardanapo amarrado no pescoço, porque tinha deixado a mesa no meio da refeição. Ele perguntou, "é jornalista?" Eu disse, "sim, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas." Ele respondeu: "Ali, a porta." Ele me mostrou. Foi o ponto alto da minha carreira. Porque sempre me perguntam sobre isso; algumas pessoas têm viajado de longe apenas para perguntar sobre cada detalhe, para dizer-lhes exatamente o que aconteceu. Mas isso é tudo o que aconteceu. Um simples "ali, a porta." 


A última cena do seu "Crepúsculo dos Deuses"