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Engraçada. É como resumo a performance do Evaristo Nogueira no 'Trem Bala' da TV. Ele é uma espécie de Zé Fernandes (jurado que ficou famoso por encarar um homem mau) desses tempos. Eu já tinha ouvido falar, mas nunca testemunhado. Aproveitei a permanência no estaleiro doméstico por conta de dores da coluna, e descobri quão indefectível é o personagem que ele representa.
O homem se transfigura todo. Vira mau. Mostra cara feia. Faz de conta ser inimigo figadal do 'algoz' Sérgio Ponte, de quem parece ter aceito com tranquilidade a epígrafe de "Zé do Caixão". O próprio Alan dá estocadas e ele pega ar.
A exemplo dos tempos da Tupi, quando Flávio Cavalcante instituiu os 'homens de ouro' no programa 'Um instante, maestro!', o maquinista do 'Trem Bala', Alan Neto, adotou tipos característicos, com vistas a ter uma ressonância de público.
Sendo assim, surgiram o 'algoz' Sérgio Ponte; o 'homem mau' Evaristo; o 'nariz de palhaço'(!) Moacyr Luiz Dreyer, - tudo para converter o programa num 'talk show' descontraído, entremeado pelo carisma do apresentador.
Não é sem razão que ele inclui até a musa do 'show'. As referências que faz a Bette Davis, na verdade, estão relacionadas à figura da cantora Ivonilde Rodrigues, esposa do comandante.
O 'Trem Bala" da tevê, evidentemente, é cópia do similar do rádio (Povo-CBN), como sempre Alan Neto desejou fazê-lo. Em uma palavra: é curioso.