Jornalismo é uma das profissões mais arriscadas. Vira e mexe, a gente ouve falar de agressões e violência sofrida por colegas de trabalho. Quase sempre, incompreensão daqueles que não sabem conviver na democracia. Esta semana, o Committee To Protect Journalists (Comitê para a Proteção dos Jornalistas), publicou um guia com vistas a dar maior garantia a esses profissionais.
O comitê cita violência praticada contra os que fazem imprensa no Estado do Ceará, como é o caso do assassinato do radialista Nicanor Linhares Batista e o sequestro de Gilvan Luiz Pereira, editor de um seminário em Juazeiro do Norte, conhecido por fazer críticas à administração municipal.
"[..] três atacantes encapuzados sequestraram e torturam Gilvan Luiz Pereira [...] mas a polícia interceptou o veículos dos sequestradores colocando em fuga os assaltantes e permitindo o resgate do jornalista. Pereira precisou ser hospitalizado e levou 42 pontos num ferimento na cabeça. A polícia do estado acusa dois guarda-costas do prefeito de seqüestro e tortura do jornalista".
O órgão também publicou um relatório intitulado "O crime de violência sexual em silêncio - e os jornalistas ", que inclui os casos de violência sexual em um número bem acentuado de profissionais da informação. O caso recente lembrado pela entidade foi a agressão sexual sofrida por Sara Logan, repórter da CBS quando fazia cobertura dos acontecimentos do mês de fevereiro, no Cairo. Ficou clara, a necessidade de orientações gerais para os profissionais, especialmente em termos de vestuário local e de comportamento.
Quanto ao relatório sobre a violência sexual, o CPJ tem retratado inúmeras histórias de jornalistas que silenciaram seus casos de abuso sexual. E é bom que se diga que as denúncias nem todas partiram só de mulheres; houve homens que também sofreram violência.
O caso Pague Menos