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Tem coisa mais chata do que você falar com uma pessoa e ela não lhe dá a menor atenção? Pois é como se sentem ouvintes de rádio que escrevem para emissoras e não têm nenhuma resposta. É, no mínimo, desconsideração, falta de respeito.
Os locutores passam o tempo todo pedindo ao público para que enviem sugestões, mandem cartas - hoje, mais e-mails - dêem notícias. Ainda tem gente que escreve, sim. Mandam denúncias, fazem confidências, narram histórias que dariam para fazer um programa. Mas se decepcionam ao sentir que, 'o senhor locutor, não está nem aí" ao apelo feito.
A mesma desatenção acontece para quem liga o telefone num sábado à tarde, domingo ou feriado. Como a maioria da programação das emissoras é gravada, o telefone chama, chama, chama - e o ouvinte, que não tem conhecimento disso, fica a ver navios.
As emissoras deviam criar um serviço de atendimento ao ouvinte - uma similar do SAC que toda empresa moderna passou a contar. E olha que as rádios são as que mais batem pela qualidade ao consumidor e prestador de serviço. Casa de ferreiro...
Esse mesmo tipo de comportamento vem acontecendo com profissonais de televisão. As pessoas mandam cartas, muitas com denúncias graves, e a impressão que têm é de que ninguém as lê. Na verdade, não se pode estar respondendo a tudo e a todos; mas, com a facilidade das redes sociais colocando interatividade em tudo, qualquer veículo de comunicação que não atentar para isso vai estar perdendo cliente. Ninguém gosta de ficar falando sozinho.