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domingo, 24 de junho de 2012

EDITORIAL. Professor vende gato por lebre

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Durante os jogos da Eurocopa 2012, que terminam esta semana, a palavra-chave dominante era 'respeito'. Em toda parte nos estádios, ela sobressaía. E como estamos necessitados da força desse substantivo. Hoje eu vi na tv, um senhor vender gato por lebre. Explico: um professor de Geografia exibiu uma senhora simples, passando-se por médium. Os seguidores da doutrina Espírita sentimo-nos insultados. 

Forçando a barra aos limites do improvável, anunciou sem nenhuma vergonha ter combinado com Chico Xavier para que ele se apresentasse no palco da TV Diário. "Conversei com ele; trocamos ideias", gabou-se. 

Como espíritas, compreendemos a existência do fenômeno intramundos; mas, pela seriedade que é a doutrina kardecista, também distinguimos muito facilmente os embusteiros de plantão que grassam interessados em busca de fama. 

O senhor Peixoto há muito atrai refletores de desavisados para sua pessoa. Está pouco interessado na seriedade das pesquisas científicas. Mais em ser, o foco das atenções. Já transitou por diversas áreas. Em todas, dizendo-se especialista. 

Usou a pretensa aparição da virgem na serra do Baturité, uma fraude desmentida pela própria Igreja Católica. Procurou a produção de programas de tv, interessado na temática dos discos voadores. Mostrou vídeos pouco confiáveis, a ponto do sério Centro de Pesquisas Ufológicas do Ceará, alertar-nos pela falta de credibilidade de suas pesquisas. Nos últimos tempos, gaba-se do papel de pesquisador de fenômenos paranormais. 

A mulher que se prestou a esse papel, coitada, mais parecia marionete no jogo manipulado pelo professor. Usando expressões não condizentes com o conhecimento espírita - "na próxima reencarnação" -, ela simplesmente traía-se numa mistificação do espírito do médium Xavier. 

O entrevistador Ênio Carlos, de quem tenho acompanhado com atenção sua carreira, perdeu a chance de questionar. Deixar no ar o 'benefício da dúvida', como diz o poeta Ferreira Gullar. Pelo contrário, passou tudo como se verdadeiro fosse. Nesse terreno pantanoso, isenção é o mínimo exigido de qualquer comunicador. Não o desmentido, mas o interesse em manter-se equidistante, deixando ao público o julgamento de que se tratava de algo verdadeiro ou de uma farsa. Do jeito que foi conduzida a entrevista, o professor logrou a ele e a todos nós.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Presentes. Livro de Marcel, disco de Humberto


Uma segunda feira para ficar. Recebo dois presentaços de fazer gente ficar se babando. O primeiro deles, um belo exemplar do "Chico Xavier - A História do filme de Daniel Filho", contada por Marcel Souto Maior, o diretor do pgm da Globo 'Profissão Repórter'. Que baita edição!

O segundo, o [ maravilhoso, esplêndido, magistral, fantástico - e haja adjetivo ] disco do Humberto Pinho "Samba, Pinho e Cartola" - algo extraordinariamente belo, principalmente por cantar de forma tão incrível as pérolas do mestre. Prometo comentar com mais carinho, mas já posso dizer que, depois dele, não houve nenhum melhor intérprete de Cartola do que esse cearense [?].



O livro do Marcel vem com um oferecimento de me deixar tão emocionado quanto o filme do Daniel Filho: "Ao querido Nonato Albuquerque - MEU ÍDOLO - que leio sempre! Luz e Ação. Um abraço do Marcel". Macho, posso escrever que isso me deixou honrado, principalmente em saber que você é leitor nosso aqui no blog. ´brigado.

Prometo comentar os dois trabalhos com mais tranquilidade.

domingo, 11 de abril de 2010

Cinema. 'Chico Xavier', a dignidade virou filme


Fui assistir 'Chico Xavier'. Voltei impressionado com a aura de luz que transbordou em meio a toda aquela equipe, harmonicamente preocupada em transmitir a história de um líder. Que sofreu horrores para provar o que não era preciso, se vivessemos a prática das teses cristãs.

O filme é magnífico. E, pelo que eu me lembre em todos essas seis dezenas de anos de minha vida, nunca havia usado essa expressão para adjetivar um título brasileiro. Já tivemos excelentes trabalhos; mas atingir a delicadeza de biografar alguém que, por assim dizer, acabou de passar por aqui, requer sensibilidade. Daniel Filho a tem.

Todos os intérpretes parecem atuar frente às câmeras tomados com uma comoção de arrepiar. Angelo Antonio está primoroso. É o Chico jovem. Nélson Xavier, meu Deus, nem se fala. Há momentos em que a imagem dele no tubo da TV, durante o Pinga-Fogo, parece captar a do próprio Chico. O 'menino Chico' é também muito expressivo.

O filme é de uma dignidade incrível. Chorar e sorrir no escurinho do cinema, durante os minutos nos quais a gente mergulha de cabeça nele, constituem a melhor forma de catarse que Chico nos dá. Um banho na alma de um Brasil que teve a sorte de tê-lo por 94 anos. E que só no centenário de seu nascimento começa a entendê-lo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Hotsite. Um elogio à turma de O Povo


Olha, estou devendo neste blog um elogio. A toda redação de O Povo, pelo excelente caderno publicado na quinta-feira passada sobre os 100 anos de Chico Xavier. Um trabalho precioso, principalmente quando se sabe que seus editores e redatores estiveram isentos de manifestar qualquer vínculo religioso e se pautaram na cobertura de uma grande personalidade nascida no Brasil.

Relaciono aqui nomes do diretor-geral de Jornalismo, Arlen Medina Néri; a diretora-executiva da redação, Fátima Sudário´; editor-chefe Erick Guimarães; editores : Cláudio Ribeiro, Demitri Túlio, Fátima Sudário.

A concepção gráfica é de Gil Dicelli. O bom Alcides Freire é quem gerenciou o banco de imagens; a Luciana Pimenta e Miúcha Pinheiro, coordenaram o 'hot-site' [ que é outro belo trabalho da redação ] que está no ar para atender a quem perdeu o impresso.


Leia comentário do Conexão Espírita

terça-feira, 6 de abril de 2010

Saulo Gomes. A memória do bom jornalista

 
Excelente, a entrevista do jornalista Saulo Gomes ao microfone da Rádio Verdes Mares hoje pela manhã. Aos 82 anos de idade, o responsável pela ida de Chico Xavier em 1970 ao programa 'Pinga Fogo' , revelou-se de uma memória extraordinária ao lembrar fatos da cobertura em 1960 do arrombamento do Orós.

Saulo citou nomes de cidades cearenses, lembrou-se do trabalho feito junto a equipe da Rádio Dragão do Mar, numa conversa descontraída de um profissional que milita na imprensa já há 54 anos.

A vinda de Saulo ao Ceará deve-se ao lançamento de seu mais recente livro e que acontecerá no auditório do Centro Cultural Dragão do Mar, hoje as 18 horas. À noite, às 22 horas, ele participará do 'Cena Pública' ao vivo com Moacir Maia.

E POR FALAR NISSO

Fátima Abreu: "Saulo é uma figura muito boa. Ontem, ele esteve aqui na FM Assembleia. Participa do programa 'Autores & Ideias', que vai ao ar no próximo sábado, às 15 horas e também do especial sobre Chico Xavier, que vai ao ar no próximo domingo, às 10h".

domingo, 28 de março de 2010

Mídia. JB destaca o novo 'boom' espírita


Está no JB deste domingo: "O cearense Luís Eduardo Girão está convicto de que a verdadeira riqueza brasileira “não é o pré-sal da Petrobras, mas a vasta literatura espiritualista, cada vez mais procurada”. É ela que, segundo o produtor de Bezerra de Menezes: O diário de um espírito (2008) – a cinebiografia do médico kardecista – está alimentando o que ele vê como nova tendência do cinema nacional: os filmes de temática espírita, que ganharam novo impulso na esteira do centenário de nascimento de Chico Xavier (1910-2002), o mais popular médium do país.

– Os livros do (psicólogo e médium Luiz Antônio) Gasparetto são um fenômeno de vendas. Divaldo Pereira Santos é outro recordista, já vendeu mais de 10 milhões de livros. Sem falar no próprio Chico, que psicografou mais de 400 livros que são quase roteiros de cinema prontos. Temos como exportar esse olhar – acredita Girão, que é coprodutor de Chico Xavier, de Daniel Filho, que chega ao circuito na próxima sexta-feira, dia em que o mais célebre espírita brasileiro faria 100 anos.

Com elenco estelar (Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Tony Ramos, Christiani Torloni, Letícia Sabatella, Cássia Kiss) e amparado por uma máquina publicitária poderosa, que envolve marcas como Globo Filmes e a Sony Pictures, o longa de Daniel Filho é a mais vistosa encarnação de enredos de fundo espírita.

Girão está envolvido em pelo menos outros dois projetos na área. Dirigido por Sérgio Sanginitto, Área Q, em fase de edição, fala sobre aparições de discos voadores em uma cidade do interior do Ceará. Já As mães de Chico Xavier, de Glauber Filho, Halder Gomes e do mesmo Sanginitto, que começa a ser filmado dia 15 de abril, conta a história de três mães que acham consolo nas mensagens dos filhos mortos, psicografadas por Xavier.

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