O dicionário diz que um ser integral é aquele que reúne todas as paetes que formam um todo. Em humanês, um ser integral é aquele que busca a completude. O cearense Emiliano Queiroz, que deixou a vida física hoje, é um bom exemplo.
Ele desencarnou orreu, nesta manhã de sexta-feira, depois de estar internado há 10 dias na Clínica São Vicente da Gávea, no Rio de Janeiro. Emiliano teria colocado três stents no coração.
Morreu um priveligado artífice do ato de representar. Completo em qualquer que fosse o papel que lhe designassem. Mas nos 70 anos de carreira brilhou principalmente no papel de Dirceu Borboleta, em "O Bem Amado".
Ficou popular com novelas como “O Bem-Amado” (1973), onde interpretou “Dirceu Borboleta”, “Ti Ti Ti” (1985), “Hilda Furacão” (1998), “Chocolate Com Pimenta” (2003), “Alma Gêmea” (2005) e “Espelho da Vida” (2018). Fez participações em “Éramos Seis” (2020) e “Além da Ilusão” (2022).
No cinema, atuou em Independência ou Morte (1972), dirigido por Carlos Coimbra; O Grande Mentecapto (1989) e Tiradentes (1999), no papel do poeta Cláudio Manuel da Costa, ambos dirigidos por Oswaldo Caldeira; O Xangô de Baker Street (2001), dirigido por Miguel Faria Júnior; Madame Satã (2002), dirigido por Karim Aïnouz; Casa de Areia (2005), dirigido por Andrucha Waddington, entre outros. Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por uma participação de três minutos no filme Stelinha (1990), de Miguel Faria Jr.[2]
Na televisão, foi um dos pioneiros que inaugurou a TV Ceará, depois passou pela TV Cultura e TV Paulista, até chegar à Rede Globo, onde foi convidado por Glória Magadan a escrever Anastácia, a Mulher sem Destino.[4] Entre as inúmeras novelas das quais participou, destacam-se: O Bem-Amado, tanto na novela (1973), quanto na série (1980), onde se consagrou com o personagem Dirceu Borboleta; Pai Herói (1979); Cambalacho (1986); As Filhas da Mãe (2001); Senhora do Destino (2004), entre outras. Em 2014 interpretou Padre Santo em Meu Pedacinho de Chão.
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