Como soa o futuro? No início do século 20, uma resposta veio do intonarumori de Luigi Russolo – máquinas operadas por alavanca projetadas para estourar, gemer, gritar e chocar. Em artigo na The Public Domain Review, Peter Tracy explora as ambições por trás dos experimentos do futurismo italiano com ruído e as afinidades sensoriais, espirituais e políticas dessa nova música radical.
Um comentário:
Luigi Russolo inventou um conjunto de instrumentos experimentais que produziam a arte do ruído (l'arte dei rumori). Havia 27 variedades de instrumentos, todos acústicos. Normalmente, performers viravam alavancas que chacoalhavam ou curvavam cordas, e as caixas corneteiras amplificavam os sons.
Quando Russolo e Filippo Tommaso Marinetti estrearam sua "orquestra do ruído", em abril de 1914, causou o maior tumulto, mas Russolo se mostrou imperturbável. "Eu não sou um músico", ele escreveu. "Não tenho, portanto, predileções acústicas nem obras a defender".
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