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sexta-feira, 10 de maio de 2019

PROPAGANDA. Ação quer comercial do BB exibido de novo


A polêmica sobre a propaganda do Banco do Brasil vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (relembre aqui) parece estar longe de acabar. Agora, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul ajuizou ação civil pública para que o filme "Selfie", criado pela WMcCann, volte a ser veiculado.
A iniciativa foi feita pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão Enrico Rodrigues de Freitas, em conjunto com o Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual.
A ACP (Ação Civil Pública) pede, ainda, que seja pago, a título de dano moral coletivo, valor não inferior a três vezes o valor da campanha publicitária vetada, montante que deverá ser aplicado em campanha de conscientização de enfrentamento ao racismo e à LGBTQfobia. Os valores pagos devem recair na rubrica orçamentária destinada à comunicação social da Presidência da República.
INFORMAÇÃO DO PROPMARK


A ACP também menciona falas do presidente que disse ter proibido a propaganda porque que "a massa quer respeito à família", afirmou que o comercial "não é minha linha" e que "eu tenho/tive uma agenda conservadora, defendendo a maioria da população brasileira, os seus comportamentos, sua tradição judaico-cristã". 
"Em 26 de abril, a notícia do veto ilegal imposto pela União, a partir de ordem do presidente da República, à peça publicitária tomou o noticiário dos principais veículos de comunicação do país. Para o MPF, a proibição viola, em primeiro lugar, a Lei das Estatais, a qual veda a redução ou supressão da autonomia conferida pela lei que autorizou a entidade ou da autonomia inerente a sua natureza, bem como a ingerência do supervisor em sua administração e funcionamento", diz nota do MPF.
O órgão segue: "Tendo em vista a motivação do ato, entende-se, também, a existência de ofensa à Constituição da República, que veda o preconceito com base em raça ou de orientação sexual e de identidade de gênero, o que inclui o preconceito denominado LGBTQfobia, bem como qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais".

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