O paulistano da Mooca, onde nasceu em 30 de junho de 1940, sabia como poucos contar um fato, reforçando elementos trágicos e de suspense a cada reportagem que fazia.
O auge do rádio no Brasil, com seus grandes locutores e cronistas policiais, foi sua maior escola. Afinal, foi ouvindo grandes comunicadores do veículo, alvos de imitação, que ele conseguiu superar um dolorido trauma de infância: a gagueira.
Logo, o treino deu certo e ele ganhou oportunidades de demonstrar publicamente sua voz, fazendo locuções de quermesses, onde logo se destacou.
Profissionalmente, começou assim que atingiu a maioridade: aos 18 anos, na Rádio Progresso, narrando jogos de futebol.
A partir de então, foi se aperfeiçoando, até que, em 1968, criou aquela locução única de repórter policial ao cobrir ao vivo um caso de agressão sexual que foi recorde de público na Rádio Marconi.
Os ouvintes não só aprovaram como gostaram.
Como jornalista, enfrentou censura e até prisões por conta de reportagens que desagradavam poderosos no contexto da ditadura militar.
Em 1991, teve a grande chance: foi convidado pelo SBT para integrar o noticiário "Aqui Agora", com o qual Silvio Santos renovou e popularizou seu jornalismo.
Logo, com suas camisas chamativas, sua voz inigualável e seu gestual específico, tornou-se rosto conhecido e amado pelo grande público em todo o Brasil.
Seu estilo dramático, com suas profundas pausas, conquistaram os telespectadores e suas reportagens tornaram-se sucesso de audiência, com sua assinatura inconfundível ao fim de cada matéria: "Gil Gomes, Aqui Agora".
Gil Gomes virou obsessão de humoristas, que faziam de tudo para imitá-lo, o que o tornou ainda mais famoso. Os anos 1990 foram seu auge.
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