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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

EDITORIAL. Sobre a bonomia de Agostinho dos Santos

Todos os dias, por um dever de ofício, a gente fala na TV Jangadeiro da perda de pessoas. A maioria vítima da violência. O sentimento que nos move nem sempre é o mesmo de pessoas da família e amigos, que sentem o baque da separação por estarem convivendo com essas pessoas. Mas dá para se ter ideia de como as perdas funcionam no íntimo de todos, quando esse fenômeno da morte atinge alguém do nosso meio. 

Um acidente no interior do Estado vitimou o cinegrafista Agostinho dos Santos, que emprestou o seu trabalho profissional a empresas de TV, entre as quais a nossa Jangadeiro. 

Figura muito estimada por todos, não é porque se foi que a gente está a enaltecer a sua pessoa. Mas, além do senso de profissionalismo, o bom Agostinho tinha uma marca que surpreendia a todos que era o da convivência bem humorada; da simplicidade no trato com todos, além de uma figura que exalava bonomia. 

Numa área de trabalho onde, geralmente, a fogueira das vaidades consegue apagar o sentimento de humildade de muitos - basta um cargo de chefia para a gente ver a mudança das pessoas -, Agostinho primou em ser um exemplo de profissional amigo. Simples. Correto. Por isso, nos ambientes por onde ele transitou, a sua ausência inesperada hoje só um tem nome: saudade.

Editorial lido no BP (21/02/18)

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