Sobrou criatividade, faltou relevância
O jornal O Povo (Fortaleza, CE) é conhecido pela ousadia gráfica, edições especiais de altíssimo nível. Mas há uma dose de exagero nos especiais propostos pela publicação.
Ontem o jornal foi às bancas com a edição 30 mil. E daí? O que é relevante ao leitor, além do curioso logo do primeiro número?
Nada.
Pior: O Povo ameaça outra edição efeméride em janeiro, quando comemora 90 anos. Meu Deus!
As edições históricas funcionam quando há um elemento curioso que costura a edição, misturando passado e presente. Não é o caso.
Possivelmente a edição de hoje deu muito trabalho para ser feita, deu alegria à equipe que a produziu, mas dará pouquíssima repercussão junto ao verdadeiro objetivo: a audiência.
O jornal O Povo (Fortaleza, CE) é conhecido pela ousadia gráfica, edições especiais de altíssimo nível. Mas há uma dose de exagero nos especiais propostos pela publicação.
Ontem o jornal foi às bancas com a edição 30 mil. E daí? O que é relevante ao leitor, além do curioso logo do primeiro número?
Nada.
Pior: O Povo ameaça outra edição efeméride em janeiro, quando comemora 90 anos. Meu Deus!
As edições históricas funcionam quando há um elemento curioso que costura a edição, misturando passado e presente. Não é o caso.
Possivelmente a edição de hoje deu muito trabalho para ser feita, deu alegria à equipe que a produziu, mas dará pouquíssima repercussão junto ao verdadeiro objetivo: a audiência.
(Eduardo Tessler/Mídia Mundo)
Nada é mais importante do que o que ocorre por perto
O Correio Braziliense (Brasília, DF) vive um dilema fantástico: está no coração dos mandos e desmandos do País, embora tenha um público leitor que busca informação relevante de sua vida, das esquinas.
A grande aposta de capa de hoje do CB é um acerto. O assassinato de uma funcionária pública, vítima de assalto quando chegava em casa, é um tema que ultrapassa as discussões de Câmara e Senado. Está no cotidiano de quem optou por morar no Distrito Federal. É problema urbano, que passa longe da Praça dos Três Poderes.
Um jornal vive de relevância para com sua audiência.
Ponto para o Correio.
(Compilado do Mídia Mundo-Eduardo Tessler)
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