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quarta-feira, 15 de junho de 2011

EDITORIAL. A força do rádio desprezada




O rádio AM no Brasil é de uma força impressionante. Mas anda (meio) desprestigiado. À exceção de emissoras que adotaram a faixa da seletividade e deram prioridade ao conteúdo-jornalístico, as demais pouco (ou nada) acrescentaram ao histórico do veículo na atualidade. Pelo contrário. Falta ao rádio cearense, novidades em termos de criatividade. Promoções que o credenciem ao seu merecido lugar.

O número crescente de receptores desligados era algo para preocupar os donatários de concessões. E como o faturamento de muitas resvala o fundo do poço, haja alugar horários para grupos evangélicos sem nenhum critério, de olho mais no bolso de seus líderes do que pensar na importância do veículo.

Mesmo algumas estações que adotaram a informação como base programacional, andam desgastadas. Caso de toda a rede Clube de Rádio. Simplesmente, ela deteriourou-se no País. E acabou. Em Fortaleza, a velha PRE-9 simplesmente anulou-se ainda mais, depois de jogar no lixo seus programas e dispensar mais da metade de seu pessoal.

Já a Rádio Assunção, que adotou a programação e até a identificação da Globo, anda vivenciando dificuldades. Tomo conhecimento que o arrendatário da emissora, Vicente Luis, acaba de entregar de volta a administração da emissora ao deputado Moésio Loyola.

"Depois de quatro meses, o assessor de deputado, pediu arrego. Não aguentou as dificuldades e o alto custo do pessoal", conta-me uma fonte - o que só vem confirmar que, sem investimentos, sem nenhuma campanha que o promova, além de um visível desleixo por parte de certos proprietários, resta ao rádio AM sustentar-se no 'feijão com arroz' que a maioria das emissoras oferece como se fosse tudo. No ar como qualquer paraquedista, mas com o receio de que o paraquedas estivesse prestes a não abrir.

5 comentários:

Anônimo disse...

Fico triste, pela atual situação, vale lembrar tb, a Povo-CBN com sua programação "enlatada" e sem chão, para nós nordestino, é uma programação estranha, sem bases em nossa realidade. Agora a Radio Povo(A PIONEIRA) aquilo lá sim que era programação, que forma eficiente de dar a informação. Porem não é só o investimento financeiro que ira resolver, é preciso que aja muita inspiração e transpiração.

Flavio

Anônimo disse...

Essa situação nós da AOUVIR temos denunciado há vários anos. Mas ninguém nos ouve pois há muitos interesses envolvidos e também não há sentimento de classe entre os radialistas.

Anônimo disse...

E a ACERT do Edilmar Norões, diz o quê? É uma entidade formada pelos radiodifusores que nao faz nada, absolutamente nada, para salvar o rádio am.A ANATEL deveria exigir um mínimo de qualidade nas transmissões das emissoras.Quem nao tem condições de se estabelecer e se manter no ar com decencia e dignidade, deve devolver a concessão. E fazer um rádio de excelente qualidade nao necessita de rios de dinheiro.Precisa é de gente talentosa. E existe gente de muito talento no Ceará. Façam uma prospecção nas emissoras do Interior. Tem muito diamante bruto para ser lapidado.

Ismael Luiz disse...

Como bem disse (ou escreveu?)o "Anonimo",falta investimento sim,mas também de pessoal,coisa raríssima,que respeite,que tenha respeito e preparo suficiente para exercer a profissão.O rádio cearense está precisando e muito se livrar dos "cuspidores de microfone",que compram horários e,por conta disso,se acham no direito de "vomitar na latinha",sem que falemos nas pregações evangélicas,com alguns "pastores"dignos de pena,tamanha a burrice e desconhecimento verdadeiro sentindo do estão pregando.Mas,antes de tudo,está precisando de donos e diretores que conheçam o que tem na mão,este,o maior cancro existente.

Anônimo disse...

Adoro rádio, e rádio AM, aquele informativo, desde criança sonho em entrar no meio radiofônico, muitas vezes quis ser operador e por não ter o curso do sindicato e não conhecer ninguém da área nunca pude trabalhar com rádio, a não ser em rádios comuuitárias, mas vou ver se faço esse curso e consigo uma vaga em alguma rádio, amo tanto rádio que deixaria até minha profissão para trabalhar em rádio, nem que fosse na madrugada, nosso rádio AM carece de programação, temos audiência qualificada e cativa, só faltam bons programas principalmente na madrugada.

E as rádios AM deveriam tocar menos música e informar mais, tocar música é função de FM e pronto.

Entendo sua preocupação sou ouvinte de rádio AM desde criança, aprendi isso com meu avô e levarei esse costume até o fim da minha vida.

Rubens Correia
rubenscorreia@gmail.com
www.blogdorubinho.com.br