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domingo, 11 de abril de 2010

Cinema. 'Chico Xavier', a dignidade virou filme


Fui assistir 'Chico Xavier'. Voltei impressionado com a aura de luz que transbordou em meio a toda aquela equipe, harmonicamente preocupada em transmitir a história de um líder. Que sofreu horrores para provar o que não era preciso, se vivessemos a prática das teses cristãs.

O filme é magnífico. E, pelo que eu me lembre em todos essas seis dezenas de anos de minha vida, nunca havia usado essa expressão para adjetivar um título brasileiro. Já tivemos excelentes trabalhos; mas atingir a delicadeza de biografar alguém que, por assim dizer, acabou de passar por aqui, requer sensibilidade. Daniel Filho a tem.

Todos os intérpretes parecem atuar frente às câmeras tomados com uma comoção de arrepiar. Angelo Antonio está primoroso. É o Chico jovem. Nélson Xavier, meu Deus, nem se fala. Há momentos em que a imagem dele no tubo da TV, durante o Pinga-Fogo, parece captar a do próprio Chico. O 'menino Chico' é também muito expressivo.

O filme é de uma dignidade incrível. Chorar e sorrir no escurinho do cinema, durante os minutos nos quais a gente mergulha de cabeça nele, constituem a melhor forma de catarse que Chico nos dá. Um banho na alma de um Brasil que teve a sorte de tê-lo por 94 anos. E que só no centenário de seu nascimento começa a entendê-lo.

Um comentário:

Kamillo Silva disse...

Nonato, leia por favor.
Comentário sobre o filme escrito por alguém que não é espírita.

http://amenidadeskamillianas.blogspot.com/2010/04/por-que-assistir-chico-xavier-o-filme.html

Forte abraço!