O progresso do setor de comunicação fez com que esse tipo de jornalismo descesse do salto, saindo da "futilidade à prioridade", na avaliação de Caroline Vidal Netto, da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Notas capazes de abrir sorrisos... Provocar comentários entusiasmados... Olhares desconfiados, enfim, informar. As “notinhas” tomaram conta das colunas numa mesclagem de assuntos que vãodesde a seriedade de uma votação parlamentar, aos “brilhos e paetês” dos vestidos usados em um premier de cinema. Nas colunas da década de 1950 o que predominava eram os registros sociais. Os casamentos, batizados, festas da soçaite e todo um “mundo de glamour” podiam ser lidos e vistos. Bastava “sair na coluna, para virar atração”. Ao setor “endinheirado” da sociedade interessava a leitura das seções para identificar o sobrenome citado em uma notinha ou para ver se saiu bem nas fotos. Já para o público menos “abastado”, as colunas representavam a possibilidade de esquecer, por alguns minutos, uma realidade não muito privilegiada.
(O colunismo social desce do salto)
Com a substituição dos nomes tradicionais pelos chamados "emergentes", o produto que engordava uma página inteira do corpo de um impresso, foi perdendo gordura e se limitando à verticalidade de sua verdadeira função gráfica: coluna.
Hoje, praticamente, esse tipo de colunismo não existe mais. Sobreviventes da época, tiveram que se requalificar, mudar o estilo, noticiar algo mais abrangente, dedicando-se a 'potins' ligados à Política e Economia, até porque encerrou-se o ciclo do povo chique circular em clubes e vernissages', "só pra se mostrar". E quem ainda sobrevive dele, mas buscando imitar os anos 50 e 60, revela uma uma certa nostalgia - fazendo #tbt da época de ouro - como se retirasse das gavetas algo que resende a pura naftalina.