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Refinado era seu gosto.
De ares nobres, os seus gestos.
Guardava uma inclinada paixão pelos poetas
e pelos musos
da velha equilibrada Europa oitocentista.
O nome, Jason, acompanhado pelo Normando Stone,
já evidenciava nele, um ar de lorde que, tampouco, assumia.
Jason Stone, irmão do meu querido amigo
Eugênio Gustavo Normando Stone, partiu hoje.
De repente, como são os repentinos voos das aves
que completaram a sua temporada de estio
e rumam de volta às plagas de origem
nos céus de outra dimensão.
O corpo, que o vestiu por 46 anos
- ainda tão moço! -, será cremado.
E, como os poetas bretões
costumavam dizer em versos mais bem elaborados,
'de outras cinzas, outro Fênix renascerá,
e, sábio, saberá acomodar-se aos novos voos'.
Que a vida é plena.
Contínua.
Que ninguém morre.
Deixamos apenas de nos ver por aqui,
como quando uma lâmpada se quebra,
mas que não quer dizer que, em momento algum,
a energia deixa de existir.
Existimos. Sempre.