No blog da Associação dos Ouvintes de Rádio, um apelo em favor do radialista Juarez Silveira. Ele vive, há vários meses, uma dificil situação em termos de saude.
O GENTE DE MÍDIA se solidariza e sabe que é dever de todos nós ajudá-lo, mas ao mesmo tempo questiona o papel da entidade sindical que diz representar a categoria.
Pagamos sindicatos para que, num momento desses, eles possam exercitar o lado humanístico e prestar assistência social a quem durante muitos anos contribuiu para o órgão.
Infelizmente, órgãos como o dos radialistas cada vez mais se distanciam da categoria. Até no dia-a-dia.
Em todo o meu tempo de rádio - tenho 35 anos de aprendizagem -, jamais diretores circularam pelas emissoras por onde trabalhei/trabalho, para sequer transmitir aos associados informações relacionadas à classe. Nem há informativos convocando a categoria para os dissídios.
Ao contrário de entidades-modelo como a de jornalistas, de professores ou dos bancários, a nossa entidade sindical tem sido marcada por um apatismo e uma infelicitada administração.
A diretoria preocupa-se apenas em se perpetuar à frente da entidade. Para isso, há mais de 30 anos vem se reelegendo e funcionando como uma espécie de camarilha que se beneficia do dinheiro descontado do imposto sindical sem nenhum retorno de benefício à categoria.
Esse post, poderia ser apenas mais um apelo em favor de um profissional compromissado com o ofício do rádio que foi Juarez Silveira, mas nos vemos obrigados a transformá-lo numa carta-denúncia em favor dos radialistas em situação difícil.
E contra os que se utilizam da representação sindical para atuar na contra-mão da história do próprio movimento.