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Ela é o que se pode chamar de ouvinte-padrão de rádio. Há 40 anos. Curte todas as emissoras.
Pende mais para o rádio esportivo. Mas não deixa de ouvir shows, noticiosos, debates,
Hora do Brasil. É a Inês Cabral da Costa, 56 anos - no próximo dia 21. Ela
que lembra do aniversário de todo mundo que faz rádio, anda um pouco ressabiada com alguém do meio.
“Com a falta de respeito de alguns comunicadores", que ela não confessa a seu
ninguém. Quem quer que tenha sido deselegante com essa cearense, acabou
atingindo a melhor tradução do que seja um ouvinte de rádio no Ceará.
Inês é daquelas ouvintes que, por meio do rádio, facilitam a
vida de muitas pessoas. Um locutor pede uma cadeira de rodas para um deficiente;
lá vai ela requisitar junto aos seus amigos. Não conta as vezes que 'salvou' a vida de ouvintes-necessitados. Já recorreu até a Brasília para conseguir cirurgia
de um paciente.
Esse coração bondoso é preto e branco. Já ajudou politicamente a eleger pessoal do Ceará Sporting. Pergunto se o fez em relação a algum
radialista, ela diz que, “não diretamente, mas quando vinha alguém me perguntar
em quem votar, aí eu dizia nomes de gente de respeito como o Narcélio Limaverde”.
Do rádio atual, ela diz acompanhar interessada na evolução que teve o
repórter Lucas Leite, hoje militando na Tribuna Band News. “Ele cresceu muito”. Sente falta no rádio da presença do Miguel Messias.
Gosta de todo mundo que faz esse veículo, menos daqueles que usam
de falsidade. Mas se insistirem que ela nomine, vai perder tempo. Nesse
caso, Inês Cabral é mais fechada que a zaga do vovô, o time que é a
segunda paixão da vida dela. A primeira, claro, é o rádio.