Parece incrível mas é a pura verdade. O regulador das emissões de tv na França proibiu, tanto no rádio quanto na televisão, que se diga palavras como “Facebook” ou “Twitter” a não ser que façam referência direta a uma notícia sobre eles.
Isso significa que um locutor poderá dizer "Twitter salva a Bolsa', mas não vai poder mais anunciar "mais informação sobre essa notícia em nossa página do Facebook”.
Cê deve estar doidinho pra saber o porquê dessa decisão.
Bem, é que se cnsidera que dizer isso é fazer publicidade de uma marca de maneira velada, fazendo promoção dessas redes sociais sem que elas estejam caindo com o tutu.
O dia em Luiz Carlos Prestes falou abobrinhas na televisão
O jornalista cearense Tertuliano Siqueira lembra episódio vivido por ele aos tempos em que dirigia o programa de Marisa Urban. "O grande Luiz Carlos Prestes foi convidado participar do programa. Eu era o produtor/diretor. Fiz o roteiro e o submetí ao serviço de censura do DPF.
O programa era sobre amenidades. Se Prestes cozinhava, prato preferido, se trocou fraldas. Apenas abobrinha. A chefe da censura esbravejou, disse que eu estava querendo fazer graça,levá-la ao deboche. O progama realmente começou falando em amenidades. Do meio pro fim, Preste soltou o verbo. Belíssima entrevista", lembra ele.
A capa da revista censurada por causa da estátua nua
Um dos casos incríveis de censura narrados pela autora do livro 'Veja sob censura' é o da capa da edição nº 222, de 7/12/1972. Com o título "Em Nome da Lei", a revista trazia foto do presidente do STF, Aliomar Baleeiro, na praça dos Três Poderes. Ao tomar conhecimento, os censores amaeaçavam de recolher caso a revista publicasse.
"Segundo os agentes da PF, a informação que tinha recebido era a de que a capa estava provocando a Justiça, devido a foto de Baleeiro com uma tal mulher nua. Logo, a editora concluiu que havia algum informante da própria Polícia Federal na gráfica [...] que tinha visto a cópia da capa: a tal mulher nua nada mais era do que a própria estátua da Justiça".
Alguém saberia dizer o que vem a ser essa foto da capa do disco 'Todos os olhos', do baiano Tom Zé? Pelo que sugere o título, poder-se-ia dizer que seria um olho, mas não é. Uma boca segurando uma bola de gude. Também não.
Na verdade, trata-se da fotografia do ânus de uma prostituta contratada pelo autor de 'São Paulo, mon amour' e fotografado por um amigo. A capa era para fazer frente ao rigor da censura. E, acreditem, passou.
Os discos censurados e danificados a mando do governo
Nos tempos da ditadura, os censores costumavam riscar faixas de discos que não se devia divulgar. Discotecário da Rádio Iracema à época, lembro-me dos caras riscando com uma chave de carro faixas como 'Pare de Tomar a Pílula', do Odair José ou 'Partido Alto', do Chico. 'Sinal Fechado' foi outro alvo da censura.
Era proibida a divulgação de toda e qualquer música de Geraldo Vandré. Com o Chico Buarque, houve até um caso interessante: o compacto simples 'Vai Passar' foi liberado e depois que a música estourou, o disco foi recolhido. A "Manga Rosa", do cearense Ednardo, foi censurada porque se alegava que a letra é alusiva à maconha.
Havia censura partida da própria emissora. A mãe do proprietário da rádio não gostava da música 'Geni' - "joga pedra na Geni, joga merda na Geni" - e, por isso, fomos orientados a não programá-la.
A censura instalada no interior das emissoras por 20 anos
Estava relendo 'Veja sob censura', de Maria Fernanda Lopes de Almeida, que narra episódios de como a ditadura agia abusivamente não só na redação das publicações semanais mas em todo o País. O rádio cearense, também foi alvo.
Cansei de ver censores postados na redação da Rádio Iracema, marcando as notícias que eu, Almir Pedreira e Mozart Marinho deveríamos ler ao microfone. Às vezes, o noticiário começava atrasado porque o 'homem' da PF chegava tardiamente e a emissora ficava tocando música até recebermos o material liberado.
Almir Pedreira era um destemido. Lembro uma vez que ao ler o noticiário da guerra do Vietnã, no qual os vietcongs conseguiam vitórias sobre o inimigo invasor (os norte-americanos), Almir vibrava ao ler e comentava no ar: "quando será que outros invasores serão expulsos também", dizia referindo-se à interferência militar na mídia.
Beto Barbosa, que fez show nesse fim-de-semana em Fortaleza, está cotado para ser um dos integrantes de "A Fazenda 4". E quando estava tudo se acertando, eis que senão quando de repente aparece uma cervejaria e veta o nome dele.
O problema, segundo o jornalista Alberto Pereira Jr., é que o cantor do hit "Adocica" é patrocinado pela Skol, da Ambev, e o 'reality show' da Record tem entre seus apoiadores a cervejaria Itaipava. Beto vai ficar de fora.
"A Fazenda 4" estreia no dia 17 de julho. Rachel Pacheco, a Bruna Surfistinha, participará.
E o senador Roberto Requião, heim? Questionado sobre a aposentadoria que recebia arrancou o gravador do repórter da rádio Bandeirantes, Victor Boyadjian, durante entrevista realizada hoje no Congresso.
A ação ocorreu logo depois que o jornalista o questionou sobre a aposentadoria que recebe como ex-governador do Paraná. No final da gravação é possível ouvir Requião ameaçando o jornalista. “Já pensou em apanhar, rapaz?”, diz o senador. “Peraí que eu vou desligar”, responde o jornalista. “Você não vai desligar p... nenhuma. Eu vou ficar com isso aqui”, disse.
A juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara Federal de Brasília, concedeu liminar ao INSS para tirar do ar uma propaganda da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais veiculada em rádios do país desde o começo da semana. Motivo: a propaganda foi considerada ofensiva à imagem do instituto.
Na peça publicitária, de 30 segundos, dois amigos se encontram depois de um tempo sem se ver e um deles conta que conseguiu se aposentar, apesar de o INSS ter rejeitado seu pedido, graças ao trabalho da Defensoria Pública.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira (22/4). A juíza acolheu os argumentos da Procuradoria do INSS, que entrou na Justiça contra a propaganda com o argumento de que para exaltar o trabalho da defensoria, a propaganda denigre a do instituto.
Enquanto os EUA anunciam que vão utilizar o Twitter e Facebook para emitir alertas terroristas, na Rússia a coisa é diferente. Eles vão é proibir o acesso às redes sociais.
Sob a alegativa de que o acesso às redes sociais pode se constituir em um perigo, a Rússia quer proibir o uso de serviços como o Skype, Hotmail e Gmail. Diz que, por não ser controlado, pode acarretar problemas de segurança nacional.
Será que é medo de que as redes sociais 'convertam' os russos assim como fizeram em países da África do Norte?
Mas o fato que chamou a atenção em termos de mídia, semana passada, foi a incrível censura imposta à revista "Caras". Ela chegou às bancas com uma tarja preta cobrindo parte de sua chamada principal de capa. Foi uma ordem judicial concedida em favor do cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, 38, o Doda.
Doda pediu à Justiça que impedisse a revista de veicular uma suposta carta de suicídio da atriz e escritora Cibele Dorsa, 36, e de mencionar o nome do cavaleiro.
Segundo a publicação, que afirma estar sendo censurada, a ordem judicial foi recebida quando a revista já estava na gráfica e não houve tempo hábil de fazer uma mudança adequada. A solução foi cobrir o nome de Doda com tarjas pretas.
Não passou desapercebida de todos nós, a agressão sofrida por equipe da TV Ceará, durante a cobertura de uma manifestação de trabalhadores da construção civil. Manifestantes que destruíram o portão de uma empresa agrediram o câmera da emissora e quebraram equipamentos. Eles queriam proibir a filmagem.
E saber que isso aconteceu num 31 de março, mesma data que desejamos apagar da lembrança pela instauração no País da ditadura de 1964 que estabeleceu a censura à imprensa.
1. O jornal argentino 'El Clarin', deixou a primeira página de sua edição de ontem em branco. Domingo o jornal não foi distribuído devido a protesto de trabalhadores gráficos e caminhoneiros. (O Povo)
2. Os episódios da série de animação "Os Simpsons" que mencionam acidentes nucleares serão excluídos da programação na Alemanha após a tragédia no Japão. (O Povo)
Os blogueiros dos países que atualmente convivem com a censura às redes sociais, começam a encontrar alternativas para furar esses bloqueios. Um deles, Ahmed Ahmed Abu al-Khair, de Damasco, responsável pelo Ahmas, repassa informações aos interrnautas do Egito e da Síria, país que também sofre censura.
Também sua página do Facebook, conta que esteve durante uma semana "sob proteção das forças de segurança", uma maneira de relatar que esteve sob prisão. Usando de criatividade ele escreveu no blog "7 passos para quebrar o jejum e bloqueio ao Facebook e ao Twitter". Diretamente de Damasco, ele informa sobre a onda de prostestos que já atinge a Síria - onde também os meios de comunicação estão sob vigilância.
Ahmed é especializado em blogs e jornalismo, bacharel em estudos islâmicos e de língua árabe, blogando desde 2005 em http://ahmadblogs.net
Co-fundador do site de comunidade blogueira para blogs Síria http://almudawen.net
Musharraf escrever códigos http://ektob.com
O polêmico novo clipe de Rihanna, S&M, lançado esta semana, foi proibido em 11 países, segundo o site do semanário britânico NME. O vídeo, que mostra a cantora em cenas ousadas e sensuais, não poderá ser exibido em alguns países do sul da Ásia.
Em uma das cenas, Rihanna aparece chicoteando jornalistas. Em outro trecho, que remete ao sadomasoquismo, a cantora está amarrada entre várias cordas.
A MTV americana já pensa na possibilidade de reeditar o vídeo para que ele possa ser transmitido durante o dia na programação. O YouTube, entretanto, já pede que os usuários confirmem ter mais de 18 anos para assistir ao clipe on-line.
Estimular preconceito é crime. E o que a cidade de Barretos fez - colocando em outdoor campanha contra a dengue em aparece o mosquito transmissor vestindo camiseta da seleção argentina - tinha mesmo que ser vetado.
Os outdoors ilustravam, no canto direito, um jogador com a camiseta da seleção brasileira chutando uma bola contra o mosquito Aedes aegypti, no canto esquerdo, que vestia a camiseta argentina.
Tem coisas que se ouve dizer, mas não se deve repetir
Não sou partidário de censura - longe de mim, tal expediente, mas, minha gente, tem autor de música que não conhece os limites da decência. Esse Tomate [ cantor de axé lá da Bahia ] inventou de botar um anúncio de sua nova música em autidor nas ruas de Salvador.
A Prefeitura determinou a retirada da publicidade que citam a música "Eu Te Amo, Porra'', alegando que os anúncios trazem "palavras de baixo calão''. No Twitter, cantor disse que houve censura. "Quem q ñ fala porra??? HIPOCRISIA!!!!'', escreveu.
Isso é linguagem da zona e, apesar do nome, o Tomate não é filho da fruta.
Quem conta no Comunique-se é a jornalista Izabela Vasconcelos: o site "Falha de S.Paulo", que fazia paródia do jornal Folha de S.Paulo, encerrou a conta no Twitter, YouTube e Gmail.
"Os irmãos Lino e Mario Bocchini foram obrigados pela Justiça a tirar o site do ar, pela multa diária de R$ 1.000. Temendo que a pena também fosse aplicada às redes sociais relacionadas ao site, orientados por um advogado, os autores retiraram os perfis da internet".
"Juízes e desembargadores vem desferindo golpes contra a liberdade de imprensa, um direito constitucional, ao censurar publicações. Juristas e especialistas em direito constitucional definem bem a situação: trata-se de um "retrocesso" na evolução da democracia brasileira". Aretha Yarak
Um filme francês, realizado no Ceará pelo documentarista José Huerta, tem ganho intensa campanha em sua defesa, por parte de entidades ligadas ao meio ambiente e direitos humanos. O filme já rendeu oito ações judiciais, entre as quais uma por "crime", acompanhadas de pedido de indenização de 60 mil euros.
O filme chama-se "Une semaine in Parajuru"(Uma semana em Parajuru), realizado em 2008 no litoral cearense, mostra a expansão turística e seus efeitos perversos na pequena aldeia de Parajuru. Até a atriz alemã Hanna Schygulla< apareceu na TV irritada com os empreendimentos austríacos, que a seu ver “descaracterizam e desestabilizam a coesão de um vilarejo no Brasil”. Uma citação de O Povo.
Entre as acusações, estão alegadadas declarações difamatórias que não aparecem no documentário. Em agosto último aconteceu uma audiência na Justiça do Ceará, onde correm os processos, quando pescadores foram favoráveis ao cineasta.
O autor ganhou também a adesão da ONG Reporteros sin Fronteras , que chegou a solicitar à Justiça não cedesr a eventuais pressões, nomeadamente económicas, e que não validasse um pacto de censura.
O filme será exibido dia 20 de outubro em Rennes, na França; dia 4 de novembro em Toulouse e no dia 26 de novembro em Montpellier.
Parece incrível mas é a pura verdade. O regulador das emissões de tv na França proibiu, tanto no rádio quanto na televisão, que se diga palavras como “Facebook” ou “Twitter” a não ser que façam referência direta a uma notícia sobre eles.
