* Alguém me perguntou por que a maioria dos temas de abertura das novelas recentes da Globo são composições quase sempre antigas. Isso se deve a uma briga entre a emissora e o ECAD-Escritório Central de Arrecadação e Distribuição.
* Quem contou toda essa história foi o
Pedro Alexandre Sanches, no artigo
De quem é a música da Carta Capital.
* Segundo ele, o compositor Tim Rescala abriu processo contra a instituição, que centraliza o recolhimento de direitos autorais de 260 mil associados. O ECAD contraatacou. Viu que a Globo é quem estaria por trás de tudo.
* "Rescala, além de ter usado O Globo como veículo de protesto, trabalha para a tevê do grupo desde 1989. Prestador de serviços terceirizado à Globo, é autor de temas incidentais usados em programas como 'Zorra Total', 'A Escolinha do Professor Raimundo' e 'Hoje É Dia de Maria'."
* Para ter autorização de usar as músicas do ECAD, a Globo (bem como as demais emissoras), tem de pagar taxa mensal - de 2,5% de todo o faturamento da Globo (o que equivaleria, até um mês atrás, a cerca de 16 milhões de reais mensais, 192 milhões por ano). A rede contesta esse valor e deposita, em juízo, 4,1 milhões de reais mensais.
* A reportagem, porém, diz que não é só briga pessoal de Rescala. Roberto Ferigato, autor de trilhas de esporte radical e fornecedor de fundos musicais para o SBT e a Record, além de outros 24 autores, movem ação semelhante contra o Ecad.
* "A Globo alega que o Ecad está querendo ser sócio dela. Mas, se tirar a música, acabou a Rede Globo," retruca José Antonio Perdomo, que na opinião de Tim Rescala é "o Eurico Miranda do Ecad".