Dupla Roberto-Erasmo há 7 anos não compõe

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Erasmo Carlos está há sete anos sem fazer uma música nova em dupla com Roberto Carlos. Ele mesmo acaba dizer isso no "Estúdio I", da apresentadora Maria Beltrão. Seu último disco, "Sexo" tem parcerias com Nélson Mota, Arnaldo Antunes e Adriana Calcanhoto. 

Interpelado pela Maria Beltrão se ainda compõe com Roberto Carlos, o autor do antigo sucesso "Gatinha Manhosa" revelou que ele  tem umas três músicas com o 'rei', mas já faz tempo que os dois não se encontram para compor que isso já ultrapassa a marca dos sete anos. 

O cantor e compositor Erasmo Carlos iniciou uma série de show pelo Brasil com o repertório do último CD "Sexo". 

EFEMÉRIDES. 2011 é o ano dos 100 deles

O ano de 2011 já está mais pra lá do que pra cá. Nem por isso, eu deixo de citar que é um dos anos em que mais o povo brasileiro celebra efemérides de importantes personalidades da Música Popular Brasileira.

Agora mesmo em novembro, dia 26, o Brasil celebra os 100 anos de nascimento do ator, poeta, músico e contista Mário Lago. As celebrações já estão em andamento. E no sábado, dia 29, o centenário de nascimento de Nélson Cavaquinho.

Outros nomes da música popular que celebram centenário neste ano: Peterpan (21 de jan), Pedro Caetano (1 de fevereiro), José Maria Abreu (7 de fev), Dias da Cruz (11 de mar), Synval Silva (14 de mar), Assis Valente (19 de mar), Oscar Belandi (26 de mar), Mário Rossi (23 de maio), Rubens Soares (29 de mai).

São lembrados também os 100 anos de Romeu Gentil (30 de maio), Paulo Gracindo (16 de jun), Anacleto Rosas Jr. (18 de jul), Victor Bacelar (28 de jul), Xerem (5 de agos), Antonio Almeida (26 de agosto), Leo Peracchi (26 de set), Erasmo Silva (7 de out), Paulo Medeiros (7 de out), Waldemar Gomes (12 de out), Valdemar Silva (23 de out), Nélson Cavaquinho (29 de out) e Mário Lago (26 de novembro)

FRAUDE. Falso compositor embolsou grana

Procura-se vivo ou morto um falso compositor. É um tal de Milton Coitinho dos Santos. O cara recebeu R$ 127,8 mil relativos a direitos autorais de 24 trilhas sonoras de cinema que ele nunca fez. Aliás, ninguém nem sabe sabe o disgramado existe.

A história cheia de mistérios e de enroladas é contada pelo Globo de hoje. Descobriu-se uma fraude no ECAD, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, órgão que arrecada e repassa a músicos e compositores a receita de direitos autorais no País. Acontece que o ECAD pagou ao tal Milton Coitinho a grana que era pra ser destinada a Sérgio Ricardo, Guto Graça Mello, Alexandre Boury, Renato Boury e Mú Carvalho.

Saiba como funcionava o golpe AQUI. E imagine que ele recebeu por trilhas sonoras de filmes como "O Pagador de Promessas" (1962), de Anselmo Duarte, "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964) e "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha, "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), de Rogerio Sganzerla, e "Macunaíma" (1969), de Joaquim Pedro de Andrade.

Também estão na lista diversas obras recentes, como "Pequeno Dicionário Amoroso" (1997), de Sandra Werneck, "Casa da Mãe Joana" (2008), de Hugo Carvana, e "Romance" (2008), de Guel Arraes.

Tem algum safadão nessa estória...

Música. "Besame Mucho" completa 70 anos

Uma das músicas mais gravadas/executadas ainda é o bolero "Besame Mucho". Ela está completando 70 anos. Escrita pela compositora Consuelo Velázquez, quando tinha 24 anos, e como ela mesma confessou quando nem tinha ainda beijado ninguém.

A música foi inspirada na ária 'Quejas, (A Maja y el Ruiseñor) da ópera 'Goyescas' de Enrique Granados. A sua popularidade nos EUA cresceu porque a canção foi associada com as mulheres que esperavam os maridos de volta da II Guerra.

São tantas as versões e uma das poucas conhecidas é a dos Beatles, ano de 1969, interpretada no estúdio da Apple e publicada no documental "Let it be".



E POR FALAR NISSO

Por que as aberturas de novelas são antigas

* Alguém me perguntou por que a maioria dos temas de abertura das novelas recentes da Globo são composições quase sempre antigas. Isso se deve a uma briga entre a emissora e o ECAD-Escritório Central de Arrecadação e Distribuição.

* Quem contou toda essa história foi o Pedro Alexandre Sanches, no artigo De quem é a música da Carta Capital.

* Segundo ele, o compositor Tim Rescala abriu processo contra a instituição, que centraliza o recolhimento de direitos autorais de 260 mil associados. O ECAD contraatacou. Viu que a Globo é quem estaria por trás de tudo.

* "Rescala, além de ter usado O Globo como veículo de protesto, trabalha para a tevê do grupo desde 1989. Prestador de serviços terceirizado à Globo, é autor de temas incidentais usados em programas como 'Zorra Total', 'A Escolinha do Professor Raimundo' e 'Hoje É Dia de Maria'."

* Para ter autorização de usar as músicas do ECAD, a Globo (bem como as demais emissoras), tem de pagar taxa mensal - de 2,5% de todo o faturamento da Globo (o que equivaleria, até um mês atrás, a cerca de 16 milhões de reais mensais, 192 milhões por ano). A rede contesta esse valor e deposita, em juízo, 4,1 milhões de reais mensais.

* A reportagem, porém, diz que não é só briga pessoal de Rescala. Roberto Ferigato, autor de trilhas de esporte radical e fornecedor de fundos musicais para o SBT e a Record, além de outros 24 autores, movem ação semelhante contra o Ecad.

* "A Globo alega que o Ecad está querendo ser sócio dela. Mas, se tirar a música, acabou a Rede Globo," retruca José Antonio Perdomo, que na opinião de Tim Rescala é "o Eurico Miranda do Ecad".