E o nosso cronista preferido Airton Monte andou caindo no banheiro. O acidente acabou virando precioso texto sobre a morte. "[...] Ao tomar banho, ainda tonto de sono, descuidei-me e escorreguei perigosamente na espuma assassina do sabonete, batendo com violência inesperada a cabeça na parede. Quase apaguei por completo e vi estrelinhas faiscantes em pleno alvorecer"
Em sua crônica de hoje, "Morte no banheiro", ele diz que demorou a levantar-se. Depois de apalpar-se por inteiro, ele conta que escapou de um traumatismo mais grave, sem um osso quebrado.
"[...] Pensei que poderia ter morrido de uma morte besta, inglória, ridícula, com a base do crânio espatifada. Isso é lá maneira e pouco honrosa de um poeta esticar as canelas? Bater as honoráveis botas dentro de um banheiro? Ah, não. Mereço um final melhor, mais trágico, mais dramático, mais espetacular do que fechar os olhos para sempre estirado ao lado de uma sentina suja. Literalmente, escapei fedendo, melhor do que morrer cheiroso", conta de forma hilária o cronista de O Povo.
Um comentário:
Airton,graças a Deus que nós escorregamos,caimos,nos levantamos,sem maiores traumas,além da maldita queda.Para os que ficam a prever o dia em que morreremos,desejo-lhes saúde e vida longa.Afinal,creio,pior que morrer por causa de um sabonete,é morrer atropelado por um fusca.Ehehehehehe!
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