Os olhos e os ouvidos do Brasil estão voltados hoje para Brasília, onde acontece o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e de asseclas seus que tentaram dar um golpe na República. A imprensa liberal do mundo inteiro tem aberto espaços para dignificar o triunfo da democracia brasileira, que a partir de 1964 consignou um período de terror imposto por uma turba que se apeiou no poder ao longo de 21 anos, deixando uma marca inesquecível de confronto com o processo democrático. De lá pra cá, nunca a Justiça condenou um só dos integrantes do movimento.
Com a Constituição de 1988, o Brasil retomou sua normalidade institucional, definindo o papel das Forças Armadas como defensoras do Estado e da ordem constitucional. Pois, mesmo assim, ao ser derrotado pelo voto popular, o ex-tenente Jair Messias Bolsonaro teria influenciado outros militares a um plano de sabotar o governo e retomar o poder à custa de um golpe de estado.
O plano foi urdido com a manipulação de manifestantes- que num momento seguinte foram tachados de malucos - começou a ocupação deles na frente dos quartéis, onde era doutrinada a ideia de avançar a Brasilia e destruir as feições físicas dos 3 poderes, - invadindo os seus prédios, causando danos e achando que, com o caos se implantaria a trama golpista.
Feriram os espaços físicos, mas não atingiram a alma impressa pelos constitucionalistas de 88, à frente Ulysses Guimarães.
Hoje, o País registra um acontecimento inédito; para contestadores uma injustiça contra Bolsonaro e seus aliados e para a maioria uma previdente ação de justiçar quem chegou a planejar até a morte de políticos da oposição. Para os que assim pensam, é a HIstória dando conta de quem ninguém pode ameaçar romper com os designos do País, considerado o coração do mundo para os dias melhores para os quais nos destinamos.

















