(Imagem: Lucky Business/shutterstock.com)
Uma resposta ao clássico “1.000 razões para não namorar um jornalista”
Aprende-se a dar valor às coisas boas da vida, como beber num pé-sujo ou dividir o resto da pizza da noite anterior no café da manhã. Depois de experiências tão preciosas como estas, quem vai se importar com cruzeiros pelo Mediterrâneo ou jantares sofisticados?
O jornalista não sufoca a pessoa amada. Quem busca uma relação que proporcione um tempo só para si deve namorar um jornalista. Aliás, terá tempo só para si até demais, porque o jornalista viverá ocupado com plantões e suas grandes matérias.
Jornalistas são legais. Ok, alguns são chatos pra cacete, mas a maioria é legal.
Os jornalistas têm utilidades. Poucas, mas têm. Ele pode, por exemplo, redigir os mais diferentes tipos de texto para a pessoa amada. Mais: pode corrigir os erros de Português do currículo da pessoa amada. Só é preciso fisgar o coração de um jornalista que tenha conhecimentos no mínimo intermediários do Português.
Como a comparação entre os pombinhos é algo inevitável em todo relacionamento, qualquer pessoa que namorar um jornalista vai se sentir um ser humano muito normal, super-resolvido e equilibrado. E não é ótimo isso?
Jornalistas têm um charme especial. Não sei se é essa coisa de reclamar demais ou se é o jeito estranho de se vestir ou ainda aquele troço de sonhar com um mundo melhor, não sei o que é, mas que rola um charme diferente, rola.
Os amigos leigos morrem de inveja de quem namora um jornalista. Acreditam, tolinhos, que jornalista é cheio de importância. É divertido. Mas atenção: se alguém perguntar por que o tal namorado jornalista nunca apareceu no Jornal Nacional, deve-se fazer cara de espanto e soltar um “mas jura que você nunca viu?”.
Jornalistas, apesar de serem jornalistas, também sabem amar.
O mundo está cheio de pessoas encalhadas e solitárias e, entre ser uma pessoa encalhada e solitária e namorar um jornalista, é preferível namorar um jornalista, muito provavelmente um dos muitos encalhados e solitários que existem por aí.
Diz um estudo de alguma universidade de algum país que eu não lembro qual que pessoas todas certinhas, com uma rotina de trabalho toda certinha, com salário pago no dia certinho, e com tudo mais tudo certinho, são péssimas na cama. Logo, alguém todo erradinho como um jornalista pode valer muito a pena.