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Nonato, 'cê' num falou nada da passagem de Marlene, a cantora considerada 'rainha do rádio' nos anos 40 e 50 - dirá algum leitor das antigas. Merece sim, um registro porque a morte dela encerra uma fase da história do rádio em termos de nomes que se fizeram através desse veículo. Marlene se vai aos 91 anos e marcou com sua antagonista Emilinha Borba uma rivalidade que, em nenhuma outra época, haveria de ser registrada. Fãs se pegavam defendendo cada uma delas, muito embora as duas fossem amigas e até tivessem gravado juntas.
Ao longo de quase sete décadas de carreira, Marlene gravou perto de
4.000 músicas. Estreou aos 13, na rádio Bandeirantes de São Paulo e
tornou-se profissional em 1940, na rádio Tupi. Trocou o nome verdadeiro,
Victória Bonauitti de Martino, por Marlene, em homenagem à atriz alemã
Marlene Dietrich.
Além de cantora, Marlene também trabalhou como atriz no teatro, na
televisão e no cinema. Em 1952 gravou seu maior sucesso, o samba "Lata d'Água", de Luiz Antônio e Jota Junior. Na década de 1980, Marlene participou da montagem da "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, que percorreu o país por dois anos.
(Com informações da Folha)