A novela brasileira pode salvar o mundo da superpopulação. Essa é a tese defendida por um estudioso do comportamento e que publicou há cerca de dois anos um artigo fazendo referência ao chamado 'folhetim eletrônico' do Brasil como um dos responsáveis pela queda de fecundidade da família brasileira. Foi o editor da revista National Geographic, Dennis Dimick, que apresentou essa curiosa teoria de controle do crescimento da população, por conta da televisão, durante um Festival de Idéias promovido em Aspen, no Colorado.
"Dentro de duas gerações, o Brasil passou de sete filhos por família para apenas dois", disse ele a uma multidão de participantes do festival, no mesmo período em que um artigo nas páginas da Nature, fazia um alerta de 22 biólogos e ecologistas proeminentes para o crescimento da população humana e a expansão da crise econômica.
Dimick mostrou estudos que rastrearam a influência do tamanho da família no Brasil, principalmente entre as mulheres que assistem novelas,
O estudo observa que a propagação de televisores ultrapassou o acesso à educação, segundo o estudo norte-americano. Nos anos 1980 e 90, a audiência foi dominada pela rede Globo, cujas novelas no horário nobre eram muitas vezes um tema central das conversas.
O segredo da influência é que a telenovela promoveu de forma sutil a conscientização de uma família menor. em oposição à pobreza relativa de famílias numerosas. Ela também teve o efeito de promover estilos de vida urbanos, registrou em artigo em The Atlantic, John Hudson