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Não tem saída: onde o trabalho exigir a sua presença, a voz é importante. Em rádio ou tv, ela é tudo. Não digo nem boa voz, mas voz.
É incrível como tem gente que se capacita a esse meio e não procura melhorar o que, antigamente era exigência comum: (boa) dicção e (boa) leitura.
Cada vez mais as mídias radiofônica e televisiva
preocupam-se em arregimentar profissionais formados em Comunicação Social. Exigências desses tempos, no que concordamos. Mas, além de capacidade em termos profissionais, deve-se exigir: voz.
Muitos jornalistas estão ocupando hoje em dia mais espaço na grade programacional das emissoras de rádio e da tv. Isso, porque a segmentação exige a participação deles, reportando-se, informando, noticiando e cumprindo a tarefa de 'dizer' a notícia. Se há exemplos de boas vozes, em contrapartida, tem muito profissional precisando de um fonoaudiólogo para necessárias correções.
Claro, não se exige voz perfeita; precisa-se de voz, no mínimo, agradável. No telejornalismo cearense há casos nos quais as vozes reclamam o uso apropriado do diafragma; outras, de serem mais encorpadas, enquanto outras mais parecem crianças ocupando espaço de adultos.
Insisto, não se pede perfeição de vozes como se fazia no passado, mas apenas que sejam agradáveis de serem ouvidas. E de saber ler: tem gente que emprerra toda vez que se depara com uma palavra proparoxítona. É um deus nos acuda. Evidente que ninguém consegue passar mais do que alguns minutos ouvindo uma pessoa falando com vozinha infantilóide e gaguejando na leitura. No meu caso, eu mudo de estação. Oxente!