Estava comentando ontem com colegas sobre o quanto é efêmera a fama. Enquanto um profissional está no batente, no dia-a-dia, todo mundo fala dele. De bem ou de mal. Basta sair da vitrine - seja rádio, jornal, cinema ou tv - e é logo esquecido. E o pessoal listou alguns casos locais.
Famoso nas manhãs da Verdinha, Carlos Augusto sumiu com a aposentadoria prévia. Evidente que ouvintes ainda se ressentem da ausência dele no microfone. Mesma coisa pode se dizer de Marilena Lima. A repórter com passagens pelo Barra e Comando 22, responde agora pelo trabalho junto a sua produtora de vídeo.
Ninguém mais fala de Tadeu Nascimento, o primeiro 'Barra Pesada'. Uma das vozes mais distintas do rádio noturno, Juarez Silveira, o 'Pássaro da Madrugada' vive enfermo por conta de um acidente vascular cerebral. Até os antigos colegas o esqueceram. Por conta do afastamento, passou momentos difíceis. Idem para o querido Paulo Roberto, sucesso estonteante como o secretário do povo na 1010.
De Jonas Filho, noticiarista da AM do Povo, poucos lembram. Mudou de profissão. Jalmir Monteiro, um ícone da 'Discoteca do Fã', aposentou-se. Até o próprio criador da discoteca nos tempos da Rádio Iracema, José Lisboa - "acabou-se o milho, acabou a pipoca", se ouve falar pouco.
Fama, sucesso, aplausos... tudo é efêmero. Como é efêmera a vida da matéria.
FALANDO NISSO
Fátima Abreu* disse: "Pois é, ontem mesmo estava vendo o jornal na TV e sempre quando aparece alguém falando, os caracteres indicam a profissão da pessoa. Neste mundo precisamos do sobrenome que a empresa nos empresta. Mas, amizade verdadeira transcende esse endereço, não é verdade?"
* Fátima Abreu é diretora da FM Assembleia