O jornal impresso não morre nunca. Mesmo em tragédias como a do Japão se tem o bom exemplo disso. O terremoto e o tsunami deixaram a cidade de Ishinomaki sem eletricidade. Não havia energia para mover as rotativas do 'Ishinomaki Hibi Shimbum', o diário local da cidade. Mas o periódico saiu às ruas assim mesmo.
Seis redatores escreveram à mão as notícias para os afetados pela tragédia e levaram os rudimentares jornais para a distribuição com os assinantes. Esses números extraordinários do Ishinomaki Hibi Shimbum serão expostos agora no The Newseum, o museu do jornalismo do grupo Time Warner, que se localiza nos EUA.
As páginas explicam aos leitores que o terremoto havia sido o maior da história do Japão, além dos avisos de socorro e apelos da população.
Foram seis dias de jornalismo impresso com marcadores coloridos, de 11 de Março até a volta da energia no dia. Ishinomaki foi uma das cidades mais atingidas pelo terremoto. Cerca de 80% das casas foram destruídas, matando cerca de 1.300 pessoas e 2.700 ainda estão desaparecidas.
A partir de 18 março Ishinomaki Hibi Shimbum voltou a ser impresso e está agora oferecendo edições gratúitas a todos os refugiados.