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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TV. Comentarista deixa afiliada da Globo


Ele defendia o legado da ditadura na tevê. Era uma voz jurássica sem compromisso com os dias de hoje. Nesta quarta, dia 12, a RBS (afiliada da Globo no sul do país) anunciou sua demissão.


Nota divulgada pela emissora afirma que o comunicador vai se dedicar a “projetos pessoais”. Além dos comentários no 'Jornal do Almoço', Prates assinava artigos no Diário Catarinense.

O colunista se tornou famoso nacionalmente nos últimos anos, quando, primeiro, defendeu os responsáveis pelo regime militar e, depois, queixou-se da possibilidade de que os pobres passassem a consumir.

Em dezembro de 2009, Prates ponderou que a ditadura “ensinou o caminho da verdadeira luta e da verdadeira e legítima democracia". "Liberdade eu tinha como jovem, de andar pelas madrugadas de Porto Alegre, Rio, São Paulo, Belo Horizonte, como jornalista, com um radinho de pilha no ouvido. Não era molestado por quem quer que seja. Eu tinha segurança de cidadão brasileiro. Hoje, saia à noite. Não tem mais segurança", acrescentou à ocasião.

Em novembro de 2010, Prates lamentou que “qualquer miserável tem um carro” e culpou o governo federal por dar crédito a “quem nunca tinha lido um livro.” Foi essa a explicação encontrada pelo comentarista para o grande número de acidentes automobilísticos. “Então, é isso, estultícia, falta de respeito, frustração, casais que não se toleram, popularização do automóvel – resultado deste governo espúrio que popularizou, pelo crédito fácil, o carro para quem nunca tinha lido um livro. É isso.”