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O recrudescimento dos conflitos no Oriente Médio ganha o topo das manchetes. Judeus e palestinos se digladiam, o que não é novidade. Vira e mexe, eles voltam a matar e a morrer como se isso não fosse a mais completa bestialidade.
Tangidos por um ódio secular, expõem de forma prática o poderio de fogo que armazenam em seus arsenais. De um lado, foguetes riscam os céus de Israel para desabar sobre alvos-cegos estabelecidos na faixa de Gaza. Por seu turno, mísseis alçam voo do lado palestino para destruir posições israelenses, onde também as vítimas são civis.
A Folha de SP mostra os dois lados sacrificados por essa tragédia |
A consequência desse desprezo pela vida é marcado, principalmente, pela eterna sofreguidão das famílias, vivenciando a tragédia maior que é o sacrifício de inocentes.
Nas imagens reportadas pela imprensa, mães aflitas tentam proteger filhos em vias de orfandade. Pais em silêncio carregando nos braços, o que essa morte prematurizou. Corpos inanimados de filhos que não têm a menor noção do porquê essa gente briga.
Chega-se ao final de ano e, uma vez seguinte, as imagens da prepotência, do ódio e do desamor desses povos marcam as primeiras páginas de jornais. Nelas, a inocência é atropelada pela imaturidade dos que cresceram para estimular, não a defesa da Vida, mas a ampliar as fileiras do exército da morte.