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A vida de jornalistas que usam as redes sociais não é lá muito
livre como se pensa. Muitos deles foram demitidos ou punidos por conta
de um 'tweet' ou na hora de atualizarem sua página do Facebook. Tem o
caso de dois profissionais da Folha de SP, que criticaram o modo como os
jornais tratam os obituários - o do vice-presidente José Alencar estava
pronto há muito tempo - e o da repórter da RedeTV que reclamou do atraso dos
salários e foi demitida.
A maioria dos casos
permanece na confidencialidade, até que o próprio jornalista denuncie o
caso ou isso parta de algum colega. Os patrões alegam 'excessos'
cometidos pelos jornalistas no Twitter e no Facebook. As vítimas, pelo
contrário, denunciam que estão sendo vítimas de abu sos e até mesmo da
interferência na liberdade de expressão.
Veja 10 casos que merecem ser comentados:
1. Dois
jornalistas foram removidos de seus postos por causa de mensagens
"inadequadas" trocadas sobre a morte do ex-vice José Alencar
O
subeditor da Folha de SP, Alec Duarte e a repórter do Agora SP, Carol
Rocha, foram demitidos em abril depois de trocarem mensagens sobre a
morte do ex-vice presidente José Alencar, segundo registro do ID Now.
"Nunca um obituário estava pronto tão cedo. É
uma questão de apertar um botão", escreveu Duarte, em seu perfil no
site de microblogging, fazendo uma referência velada à preparação
antecipada de obituários nas redações. "Mas ainda não há nada no Folha.com ... Eles esqueceram de apertar o botão ", disse Rocha.
O jornalista lembrou-se então o erro cometido pela Folha de São Paulo ao relatar a morte do ex-senador Romeu Tuma, embora sem mencionar explicitamente. "O último a anunciar quaisquer mortes. É o preço por um erro grave. "
De acordo com a Revista Info, a conversa foi considerada incomensurável pelo ombudsman , Suzana Singer, que abordou o tema em sua coluna de domingo . A repórter do Agora respondeu em seu blog que não houve repercussões para seus comentários e criticou as demissões.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP) lamentou a decisão do Grupo Folha. "É uma atitude autoritária que não se encaixa com o discurso de uma empresa que pretende defender as liberdades de expressão e de imprensa ".
2. Brincadeira rende demissão num jornal guatemalteco
O Jornal da Guatemala publicou em sua edição impressa que
o fotógrafo Pedro Agostinho, funcionário do Ministério da Comunicação
Social da Presidência do país, foi demitido por postar a seguinte
mensagem: "Se eu soubesse que não iam me revistar (no aeroporto) tinha trazido armas, drogas e tudo o mais".
Agostinho viajou para a Colômbia para cobrir a Cúpula das Américas,
como parte da delegação oficial. No Twitter ele pôs a mensagem que o
despediu.
3. CBS despede jornalista por informar falsa morte
3. CBS despede jornalista por informar falsa morte
O jornalista Adam Jacobi, que trabalhava para a CBSSports.com, foi demitido pe la rede dos EUA após relatar no penúltimo sábado a notícia da morte de Joe Paterno , ex-treinador de um time de futebol da Universidade Penn State.
Embora Paterno tenha morrido sim, mas um dia depois do relatado por Jacobi, essa situação lhe custou o emprego.
4. TV argentina despede jornalista por tweet racista
Juan Pablo Romero, que era produtor argentino do canal Todo Noticias (TN), foi demitido após publicar uma mensagem racista no Twitter. Embora Romero tenha se descukpado, TN decidiu demiti-lo.A página no Twitter foi bloqueada.
5. Demitido por apoiar político favorável ao estupro
David Catanese , repórter político pediu desculpas no Twitter por apoiar congressista republicano Todd Akin, defensor de estupro ao dizer na imprensa que "raramente agressão sexual produz uma gravidez".
6. Criticou ministro e recebeu bilhete azul
Felipe Cháves Escobar
foi despedido da Rádio Bio B io em Puerto Montt. O chefe da imprensa
comunicou-lhe que fora por conta de um texto dele no Facebook criticando
o ministro do Interior.
7. Apoiou político em debate e foi pra rua
O jornalista mexicano Carlos Alberto disse
ter despedido da ESPN por convidar o público a asssistir o debate
presidencial em sua conta no Twitter e demonstrar apoio a um candidato.
8. CNN suspende apresentador por tweets homofóbicos
Roland Martin foi despedido da CNN muito embora ele tenha dito não ser homofóbico e que zombou da comunidade gay
e dos fãs do S uper Bowl. A rede dxe tv decidiu suspender o comunicador
por considerar suas expressões não coincidentes com a política da
empresa.
9. RedeTV! despede jornalista por reclamar salários atrasados
Ao divulgar "informações classificadas» sobre a situação do emprego da estação de TV onde trabalhava, a jornalista brasileira Rita Lisauskas foi demitida da RedeTV. Hoje ela integra a equipe de repórteres do Jornal da Band.
10. Repórter demitido por tuitar contra matrimônio gay
O repórter esportivo Damian Goddard,
do Canadá, perdeu seu emprego no Rogers Sportsnet por tuitar contra o
casamento gay, reprovando um jogador de hockey que aparecera em um
anúncio a favor da proposta. Seu jornal tuitou logo depois: "Os tweets
de hoje de Damian Goddard não refletem a opinião do Rogers Sportsnet.”
Posteriormente foi despedido.
Com informações do Caderno de Estilo