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quarta-feira, 16 de maio de 2012

CAMPANHAS. Combate ao alcoolismo

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O alcoolismo é uma das doenças mais terríveis da humanidade. Incurável, ela é controlada pela ajuda da irmandade dos Alcoólicos Anônimos. No mundo todo, têm-se usado da propaganda para a realização de campanhas no mundo inteiro na tentativa de conscientizar o cidadão/cidadã da loucura que o álcool acarreta para toda a família. Alguns exemplos, via Iba Mendes.








sexta-feira, 9 de março de 2012

ARTIGO. Para quem vai beber hoje à noite

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Márcia Paulino, leitora do GENTE DE MÍDIA, me solicita republicar um artigo meu que escrevi no ANTENA PARANÓICA sobre a questão do alcoolismo. Na ocasião eu li no programa de rádio da AM DO POVO. 
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[...] ouvi no seu progama de radio pela Am do povo. uma especie de parabola sobre o alcolismo, que me lembro somente que se tratava se nao me engano, de uma " conversa do diabo com homem," a proposito do ato de embriagar- se. por favor nao e que voce gentilmente poderia procurar no seu bau, das recordacoes e publicar no seu blog? gostaria muito de (dessa vez ) ler, pois participo de um grupo de alcolicos anonimo e penso que seria de ajuda fazer uma reflexão atraves dessas cronicas, mesmo que muitas vezes nao necessariamente real.
9 de março de 2012 14:09 "

A lenda do santo demonio
Nonato Albuquerque
 

Já disseram que aquilo de bêbado num tem dono, mas nem por isso os papudinhos largam a garrafa. Nem com a gota da mulesta eles param de beber. Largar do vicio, ih, é difícil! Quando isso acontece, dizem os mais encalacrados, ex-pinguço deixa de BB e se matricula no AA. "Puro retrocesso escolar", argumentam com uma ponta de sarcasmo.

Pouca gente, porém, conhece a origem do alcoolismo entre as pessoas e o pacto firmado pelo diabo com o bicho-homem ainda nos tempos da criação do mundo.


Conta-se que Deus queria saber como andava sua obra. E anunciou uma festa no céu para todos os seres vivos. Todos os bichos podiam entrar, menos o anjo Lúcifer que andara aprontando das suas e fora banido do condomínio celestial. Quando soube dessa proibição, o diabo ficou com o cão nos couros. Jurou que iria à festa de qualquer maneira e se vingaria de Deus atraindo para as suas hostes, a melhor das suas criaturas. Pegou o "cãolendário´, informou-se sobre o dia, hora e lugar e, deu uma infernal gargalhada, ao saber que se tratava de uma festa à fantasia.


- Festa à fantasia! Uau!" Tá como o diabo gosta.


Sem que precisasse esquentar muito os miolos, teve uma idéia... como díriamos? Diabólica! Pensou: qual é a maneira mais fácil e sensata de se entrar no céu? É o individuo se tornar um santo. Dito e feito. Lúcifer vestiu uma mortalha branca, botou uma auréola de arame na cabeça, calçou uns ´cãochutes´ novos, encenou um ar de santidade e se mandou.


Passou direitinho por São Pedro, que estava no maior ronco na portaria e nem notou a entrada do demônio.


É bom dizer que das profundezas, o cão - ou melhor, o santo - conduzia um frasco com um pouco de "água ardente" e uma tocha acêsa na ponta com uma brasa retirada dos infernos.


Lá, ele ofereceu isso a todos os convivas. Nenhum bicho aceitou. O passarinho, previdente, se negou a beber daquela água. A caipora também desculpou-se, embora tivesse adorado tragar a essência da chama acêsa. Interessado em proclamar sua vingança, o diabo deu de cara com o bicho-homem, que na festa se vangloriava ser a mais inteligente das criaturas, e que aceitou beber todo aquele vaporoso líquido. Bebeu e bebeu e bebeu até cair de quatro, enquanto Lúcifer aproveitava-se para firmar com ele um pacto demoniaco.

Dali em diante, toda vez que alguém da sua linha de sucessão provasse da água ardente trazida por ele dos quintos, bastava evocá-lo com um pequeno e simples gesto que ele, prontamente, atenderia a qualquer convocação. 

Dizem que é por isso que, até hoje, em qualquer botequim de beira de rua, tem sempre alguém derramando no pé do balcão a primeira dose dirigida ao santo. Que na verdade apenas se passara por ele.