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Vendo 'Curvas da Vida', de repente, encontro algo paralelo no roteiro deste com o filme do Gonzagão. Neste último, é o filho que tenta se encontrar com o pai artista depois de ser largado num internato após a morte da mãe. Pois no filme de Robert Lorenz, a coisa se repete.
Na história de Gus Lobel, o olheiro de beisebol, a filha é deixada também num colégio interno quando o pai fica viúvo - mesma coisa na história de Gonzaguinha - e, tempos depois, ela volta à casa do velho para tentar esclarecer isso e reabilitar a figura do velho.
Bem, fora esse detalhe que me bateu na cabeça, o filme é excelente. Mostra que Clint Eastwood, revelado bom direitor em filmes anteriores, é também um ator de comovente inspiração. Se servir como dica de fim-de-semana, retirem o DVD nas locadoras e assistam com carinho a história desse pai e filha que, evidentemente, lembram não apenas a história de Gonzagão e Gonzaguinha, mas de muitos outros pais e filhos que se desencontraram e tiveram chances de reabilitar-se depois.