*Trecho da carta dd despida que Cyro leu para seu pessoal:
Quando o Dr Tasso me convidou para a Jangadeiro, eu tinha 33 anos. Formado em Publicidade e Propaganda, já havia trabalhado em SP, no Rio e no Ceará. À época, era redator, diretor de criação e sócio da agência mais premiada do Norte e Nordeste. Ou seja, desse negócio de escrever e criar umas coisas legais, acho até que entendia um bocado.
Mas, sendo muito sincero, sobre ser gestor de um grupo de comunicação com mais de 250 colaboradores, liderando todas as áreas, eu realmente não sabia muita coisa. Tanto que, de imediato, apesar de lisonjeado, refutei ao convite “Senador, mas eu nunca trabalhei em TV ou rádio…”
Antes da resposta, uma pausa necessária. (Se tem algo que faz do Tasso um dos maiores estadistas do Brasil, é sua visão estratégica. Com zero paciência para miudezas ou futricas operacionais, o Galeguim realmente pensa e enxerga à frente.) A devolutiva: “Cyro, se eu estivesse buscando um executivo do tipo engravadatinho, iria procurar em outro canto. Ok, você não é jornalista. E daí? Boni também é publicitário. Você é novo? Olha, com a sua idade, eu já era governador.”
Pronto, mesmo no córtex central. E foi assim que, de junho de 2011 a dezembro de 2024, por quase 14 anos, dei o “sim” mais diverso da minha vida profissional.
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