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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

ARTIGO. Um passado com redes sociais

* Carlos Delano Rebouças

Vocês já imaginaram se existissem Internet e redes sociais num passado que protagonizou grandes momentos da história da humanidade? Já pararam para refletir sobre qual seria a postura, a atitude de tantos protagonistas que marcaram seus tempos e estão vivos na memória até hoje?

Não duvido de que Noé faria muitos vídeos mostrando o passo a passo da construção de sua Arca, registrando todos os momentos, desde a profecia, passando pela organização das atividades, até a seleção das espécies. Teria um pano de fundo belíssimo, não acham?

E com relação a Jesus Cristo, alguém teria alguma dúvida? Talvez, pela sua simplicidade, seria alguém que escolhesse não ter redes sociais, preferindo o boca a boca na sua evangelização. Mas a mesma coisa não poderíamos dizer a respeito de seus apóstolos. No milagre dos peixes, por exemplo, iria bombar nos grupos dos pescadores em que Pedro participava. Ah, não posso me esquecer daqueles que não perderiam um só momento da Via Crucis para registrar o sofrimento alheio, tão comum hoje em dia!

A mesma coisa se poderia dizer de Napoleão Bonaparte, com exceção de seu fracasso. Ora, ninguém quer publicar coisas ruins, não é? Hitler, também, com vários stories sobre a sua performance durante a Segunda Guerra Mundial. E o acionamento da bomba atômica sobre as cidades japonesas, hein? O mãozinha seria o foco da câmera.

Então, pelo que vemos, não é um absurdo que hoje os nossos líderes adoram aparecer nas mídias digitais. É muito incomum se estar de fora das redes sociais, seja lá qual for. Fato é que precisamos apenas ter limites, respeito às pessoas e controle das nossas ações.


* Carlos Delano Rebouças é professor do SEST/SENAT

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bomm! 👍🏻