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segunda-feira, 4 de julho de 2022

SAUDADE. A missa de Sandra Chaves será hoje às 8 horas

 


 

O tempo, costumamos dizer, é Senhor da Razão. E ele exerce terrível domínio sobre nós. Impõe-nos as suas frações como desafios, a serem vencidos.  

Há tempo de nascer, plantar, colher, de fazer isso aquilo outro, como escreveu o velho pregador Eclesiastes. De todos os tempos, o da morte – da separação do corpo – é o que nos impõe maior mistério.

Para onde vamos? Aliás, de onde viemos? Melhor ainda, quem somos?

Quando alguém como Sandra nos deixa, começamos a entender que somos, passageiros de uma nave mãe Terra, liberando as memórias felicitadas pelo bem viver.   

A ausência dela, nos requisita indagações muitas: Pra onde foi? por que se foi? 

Porque faz parte do jogo. Faz parte da vida.  Quando vivida com a intenção não apenas do atender às exigências do corpo, ela tem uma transcendência. E nos coloca no panteão dos imortais. Na lembrança de todos.  

A vida tem um realce importante:

Vamos ao caso Sandra Chaves:  além do comprometimento com o seu fazer jornalístico, ela atendia a seu modo, o cumprmento de religiosidade do desiderato crístico: amar ao próximo.

E esse é um degrau de valor enorme na escala para o crescimento espiritual.

É bom frisar que somos um ser espiritual imortal em uma experiência humana temporária.

Sandra aplicava-se ao evangelho zelando pelo amor nas visitas que fazia às internas da Casa de Nazaré, no Montese.

E o fazia não para demonstrar que era boa, que desejava a morada celeste. Que era diferente das outras pessoas. Fazia por amor. O amor do qual Cristo exaltava tanto.

Chegada a hora da partida, ela retorna à pátria de origem de todos nós.

Deixa saudades, sim. Muitas. Mas o legado que deixa é maior que o buraco que abriu em nosso coraçao sua partida.

É disso que devemos lembrar: da Sandra pessoa. Da jornalista. Da Sandra amiga. Da Sandra meiga e sorridente. Da bonomia da Sandra, como chaves para anrir as portas do que buscamos: um mundo melhor.  

Se esse objetivo,  tão disputado, ainda é dificil, mas a sua busca, como dizia minha querida amiga Luiza Teodoro, já é um sinal de humanitária convivência num planeta habitado por animais. Nós, os racionais e os irmãos irracionais, estamos de passagem.  

É que a Terra é apenas uma escola onde aprendemos o ABC da evolução humana: amor, bondade, caridade.

A seu modo, a Sandra cumpriu esse dever. Terminado o tempo escolar na Terra, adentra a dimensão da luz, onde todos voltaremos ao encontro do nosso destino porto: a eterna idade. O tempo é o senhor do condomínio da razão.  



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