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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Nem a Carolina e nem os colunistas viram o tempo passar

O tempo passou e o colunismo social, que alguns imaginam tenha sucumbido a modernidade pelas novas formas do jornalismo, continua arfante mas com sinais de tão cedo não vir a óbito. Pelo menos em terras cearenses. 

Foi-se a época em que interessados em cobrir o dia-a-dia (quase sempre à noite)  da chamada 'alta-sociedade', seguiam o gênero criado por Walter Winchell, nos EUA, com suas "gossip columns" e que, no Brasil, inspiraria Maneco Muller, Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued. Esses, por sua vez, ganhariam seguidores no Ceará como Gerard de Singery (Geraldo Campos da Silveira) e Lúcio Brasileiro (Newton Cavalcante), os mais notáveis. 



Daí seguem sucessores como Regina Marshall (falecida), Leda Maria e Sonia Pinheiro, alinhando o mesmo estilo. Nos dias de hoje, alguns buscaram se reformular, como Leda Maria que passou a ter uma coluna de informações variadas, muito interessante, sem a preocupação em contar aspectos da vida de famosos, que o leitor mais exigente nunca foi de se interessar. 

Na verdade, há os que parecem resistir a ultrapassar esse portal do tempo e continuam mimando seus pupilos do 'high society' com "potins" - bem no estilo das antigas colunas que preenchim com expressões inglesas para dar um "toque de classe". 

Pelo que se avalia da comunicação atual, eles não passaram, mas como a Carolina, da música do Chico Buarque de Hollanda, o tempo passou na janela e nem ela e nem eles perceberam as mudanças 

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