Hoje falei tanto em crise no impresso, que é melhor bater na madeira. E saudar os 95 anos da Folha de SP. Nesse domingo, dia 28, ele sai às ruas com uma maçuda edição de 120 páginas. Longa vida para ele.
A Folha apresenta ao leitor neste domingo (28) a maior sequência impressa de cadernos da história do jornal, com 120 páginas. O especial, intitulado "Para que serve um jornal", integra as comemorações de seus 95 anos. Dividida em cinco partes, a publicação, que ganha vídeos e mais imagens em sua versão digital, relembra a história da Folha, reportagens e furos marcantes; curiosidades, como a primeira vez em que personagens que mais tarde se tornariam famosos surgiram nas páginas do jornal, e traz análise sobre os novos modelos de negócio e de produção de conteúdo. Há reflexões sobre o ciclo de debates realizado na semana passada também celebrando o aniversário do jornal. Palestrantes da Folha e de outros veículos, além de convidados estrangeiros, discutiram os desafios do jornalismo no século 21 e a crise política e econômica brasileira no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Com o especial, a edição que chega às bancas e aos assinantes será a terceira maior da história do jornal, com 424 páginas, atrás das edições de 30 de junho de 2013, com 458 páginas –244 das quais da revista "O Melhor de sãopaulo" e 68 à "Serafina"–, e de 28 de novembro de 2010, com 430 páginas –148 da revista "sãopaulo" e 76 da "Serafina". A dimensão do jornal deste domingo (28), diz Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, "mostra a força do projeto do jornal, que segue os princípios de pluralidade, apartidarismo e crítica". "Os anunciantes querem ver seus nomes associados a marcas como a Folha, que tem conteúdo de qualidade, fruto do jornalismo profissional." Para viabilizar a impressão e distribuição do jornal, o CTG-F (Centro Tecnológico Gráfico-Folha) fez mudanças à sua operação. "Nunca tivemos um especial tão grande. Estamos nos preparando desde o começo da semana", diz Luiz Antonio de Oliveira, diretor industrial do CTG-F. Serão cinco turnos de impressão em vez dos três regulares, num trabalho que consumirá 30 horas, em lugar das habituais 18. O resultado é um jornal três vezes mais pesado, com cerca de 1,5 kg. Os motoboys que entregam a Folha e outros jornais em São Paulo farão mais viagens, já que o peso da publicação limitará seu carregamento. O caderno que celebra os 95 anos da Folha também bate o recorde de anunciantes. Para o superintendente da Folha, Antônio Manuel Teixeira Mendes, isso mostra "pujança da marca". "Com o mercado retraído e ao mesmo tempo com a discussão de como o jornalismo vai sobreviver na transição digital, temos uma edição de quase 450 páginas com anunciantes importantes. Mostra força não só da Folha, como do meio."
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