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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

SOLIDARIEDADE. Ao radialista Ranilson, ameaçado de morte

Li no blog do Eliomar e aproveito para solidarizar-me com o Ranilson Silva, que atua na cidade de Nova Olinda e vem sendo ameaçado de morte. Em favor da liberdade de expressão e contra as 'organizações' criminosas que atuam no Ceará. 
Texto do blog do Eliomar: 
O radialista, advogado e estudante de jornalismo Ranilson Silva registrou nesta quarta-feira, 30, boletim de ocorrência na Delegacia Regional do Crato, a 550 quilômetros de Fortaleza, por ter sofrido ameaça de morte. Ranilson apresenta o programa FM Notícia na Rádio Nova Olinda FM, cidade de mesmo nome vizinha a Crato, no Cariri Cearense.
Ele disse ter sido abordado por quatro homens em duas motos, na noite de terça-feira, 29, quando chegava em casa, em Nova Olinda. Os homens desceram das motos, agrediram fisicamente o radialista e disseram, segundo Ranilson: “Deixe de falar besteira no rádio”.
Ranilson também é assessor de comunicação do prefeito de Nova Olinda, Ronaldo Sampaio, eleito pelo PSD, além de diretor, apresentador e repórter da Nova Olinda FM. De segunda a sexta-feira, Ranilson apresenta o programa FM Notícia.
A ameaça foi registrada no mesmo dia em que duas entidades internacionais divulgaram relatórios sobre a violência contra profissionais de imprensa pelo mundo. De acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), o Brasil teve em 2015 o maior número de profissionais assassinados em função dessa atividade em um ano: foram seis casos entre janeiro e 23 de dezembro.
Um desses homicídios ocorreu no Ceará, em 6 de agosto. O também radialista Gleydson Carvalho foi morto dentro da Rádio Liberdade FM, de Camocim, a 379 quilômetros de Fortaleza. Duas pessoas invadiram a emissora e executaram o profissional com três disparos de revólver.
A polícia prendeu em Metropolitana de Goiânia (GO), em 25 de setembro passado, dois suspeitos de terem participado do crime. Um deles, Thiago Lemos da Silva, confessor que participou da execução e que recebeu R$ 2 mil. No depoimento, disse que Gleydson foi morto “porque falava demais”.
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