Algumas expressões adotadas por profissionais do rádio e tv procedem do coloquial diário das pessoas; no entanto, quando colocadas em demasia, revelam escassez vocabular e desprezo pela Língua Máter.
Dinâmica - usada por repórteres da editoria policial, para adjetivar alguns entrevistados. Na linguagem policial não se fala assim. Deve-se à convivência com a linguagem policialesca.
Elemento - Do mesmo modo que a anterior, a palavra elemento é empregada de forma depreciativa pelos que fazem o sistema de segurança. Todo bom profissional de jornalismo sabe - ou, pelo menos devia saber - que elemento é um princípio químico comuns às variedades de substâncias simples como o hidrogênio e o ozônio.
Exatamente, particularmente - nas matérias ao vivo, é muito comum a utilização de advérbios que, maioria das vezes, são usados para ganhar tempo na narrativa. Outras vezes, estão até em desacordo total com o que estão a descrever.
'A gente' - nada é pior do que o (ab)uso dessa expressão no lugar de nós. Eis o que dizem técnicos da Fundação Padre Anchieta, a esse respeito:
Elemento - Do mesmo modo que a anterior, a palavra elemento é empregada de forma depreciativa pelos que fazem o sistema de segurança. Todo bom profissional de jornalismo sabe - ou, pelo menos devia saber - que elemento é um princípio químico comuns às variedades de substâncias simples como o hidrogênio e o ozônio.
Exatamente, particularmente - nas matérias ao vivo, é muito comum a utilização de advérbios que, maioria das vezes, são usados para ganhar tempo na narrativa. Outras vezes, estão até em desacordo total com o que estão a descrever.
'A gente' - nada é pior do que o (ab)uso dessa expressão no lugar de nós. Eis o que dizem técnicos da Fundação Padre Anchieta, a esse respeito:
Afinal de contas, podemos ou não utilizar a expressão "a gente" no lugar de "nós" ? Dizer que não há problema nenhum em usarmos a expressão no dia-a-dia, na linguagem coloquial, contraria muitas pessoas, para quem esse uso da palavra "gente" deveria ser abolido de vez.Evidentemente não é possível eliminar a expressão da língua do Brasil, mesmo porque seu uso já está mais do que consagrado. Mas quando ela é de fato mais lícita? No bate-papo, na linguagem informal. No texto formal, ela está fora de questão.[...]
O uso da expressão "a gente" em substituição a "nós" é tão forte que algumas vezes dá origem a confusões.
Veja o trecho da canção "Música de rua", gravada por Daniela Mercury:
A gente dança a nossa dança
A gente dança
A nossa dança a gente dança
Azul que é a cor de um país
que cantando ele diz
que é feliz e chora
"A gente dança a nossa dança". É tão forte a idéia de "gente" no lugar de "nós" que nem faria muito sentido outro pronome possessivo para "gente", não é? O "nossa" é pronome possessivo da 1ª pessoa do plural e, portanto, deveria ser usado com o pronome "nós":
"Nós dançamos a nossa dança".
Na linguagem coloquial, no entanto, diz-se sem problema "a gente dança a nossa dança", "a gente não fez nosso dever", "a gente não sabia de nosso potencial" etc.
No bate-papo, no dia-a-dia, na canção popular, não seria inadequado o emprego da palavra "gente" — que nos perdoem os puristas, os radicais, os conservadores. Só não é possível aceitar construções como "a gente queremos". Isso já seria um pouco excessivo.
... E a gente dança
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