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terça-feira, 9 de novembro de 2010

JORNALISMO. Unesco lança hoje estudo


A Unesco lança hoje o estudo "Indicadores da Qualidade da Informação Jornalística", no qual sugere a autorregulação como o melhor meio para garantir a qualidade editorial dos veículos de comunicação (disponível no site www.unesco.org).

Com base em 275 questionários respondidos por profissionais de todo o país, os autores afirmam que há razoável consenso quanto à importância de existirem critérios de qualidade para avaliar o trabalho jornalístico.

De acordo com Guilherme Canela, coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, isso não passa pelo governo: "Cabe às empresas do setor definir os padrões de qualidade".Para Canela, "os indicadores apresentados podem servir como parâmetros para o atual debate sobre mídia".

(Folha de SP)

Um comentário:

Anônimo disse...

O pesquisador francês, Dominique Wolton, um dos principais teoricos mundiais da Comunicação da atualidade deu literalmente uma "banana" aos que dizem que a criação de conselhos de comunicação representativos da sociedade sejam instrumentos de censura e de cerceamento da liberdade de expressão.
O pesquisador que está percorrendo o Brasil com uma série de palestras sobre Comunicação e Informação, foi questionado sobre a reação contrária de setores da sociedade às iniciativas legislativas de introduzir Conselhos Estaduais de Comunicação. quando de sua presença em Brasília, na noite do dia 28/10, no auditório da Aliança Francesa.
A reação de Wolton foi imediata. Enquanto o intérprete fazia a tradução simultânea de uma pérgunta feita pela platéia, Wolton fez o tradicional gesto de cruzar um braço sobre o outro.
Em seguida, respondeu que a criação de conselhos de comunicação é uma bela e importante iniciativa, mas que isto será uma guerra em países como o Brasil, onde a mídia é altamente privada e com parâmetros comerciais. "Esta é mais do que uma batalha, é uma guerra de mudança de comportamentos e por isso mesmo vai ser uma guerra demorada, mas importante de ser executada" - disse o pesquisador.
Nos últimos dias, organizações como a OAB e, pirncipalmente as grandes redes midiáticas têm feito carga contra as iniciativas de regulamentação do Conselho de Comunicação Social previsto na Constituição Federal e na maioria das constituições estaduais.
Para Wolton, Comunicar é um processo político, um processo que envolve partilha e trocas, pruincipalmente, de valores e crenças, onde todos os lados têm que ceder. Para ele, o melhor espaço de uma sociedade fazer estas trocas são os Conselhos. "As empresas de comunicação têm que entender que comunicar envolve a participação de todos os lados e os critérios e valores desta comunicação podem ser muito bem definidos em estruturas como os conselhos" - disse o pesquisador, lembrando que o êxito de uma iniciativa como esta seria muito importante como exemplo para que países da América do Sul e Latina não necessitem adotar leis midiáticas severas e duras, como forma de contrabalançar a força da mídia.